Greenpeace bloqueia entrada do Pingo Doce no Cais do Sodré

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A Greenpeace lembra que um terço dos recursos piscícolas já entrou em colapso Miguel Manso (Greenpeace)

Segundo Lara Teunissen, responsável de comunicação da Greenpeace em Portugal, os doze activistas – de várias nacionalidades, alguns dos quais portugueses – já foram identificados pela polícia, informou esta manhã ao PÚBLICO.

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Segundo Lara Teunissen, responsável de comunicação da Greenpeace em Portugal, os doze activistas – de várias nacionalidades, alguns dos quais portugueses – já foram identificados pela polícia, informou esta manhã ao PÚBLICO.

Além de impedir a abertura das portas do Pingo Doce, a Greenpeace colocou à entrada dois peixes insufláveis gigantes, um verde e um vermelho, e distribuiu milhares de panfletos informativos. Os cartazes utilizados dizem “Pingo Doce esgota os oceanos de Janeiro a Janeiro”. No terceiro Ranking dos Supermercados da Greenpeace, que analisa as práticas de compra de peixe das principais cadeias de distribuição alimentar em Portugal, o grupo Jerónimo Martins foi novamente o pior classificado.

A organização escolheu este local e hora de grande movimento para “mobilizar os milhares de consumidores que passam no local e pressionar o grupo Jerónimo Martins a assumir um papel activo para garantir a sustentabilidade do peixe que vende”. “Estes supermercados gastam milhões em publicidade, mas recusam-se a assumir a responsabilidade pelo pescado à venda nas suas lojas,” explica Lanka Horstink, coordenadora da campanha de oceanos da Greenpeace em Portugal. “É fundamental que este retalhista altere a sua estratégia de negócio de modo a incorporar não só o lucro mas atender também aos interesses dos seus clientes em ter peixe no futuro.”

Lembrando que um terço dos recursos piscícolas já entrou em colapso, a Greenpeace pede o fim de práticas de pesca destrutivas e lembra que os “supermercados continuam a contribuir para a destruição dos oceanos”.