PCP com campanha contra precariedade e desemprego

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A campanha de rua articula-se também com uma ofensiva na Assembleia da República DR

Sob o lema "Lutar contra as injustiças - Exigir uma vida melhor", a campanha vai fazer-se com uma "forte presença na rua", com distribuição de folhetos junto a empresas, debates, encontros com trabalhadores, e acções específicas dirigidas aos centros de emprego.

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Sob o lema "Lutar contra as injustiças - Exigir uma vida melhor", a campanha vai fazer-se com uma "forte presença na rua", com distribuição de folhetos junto a empresas, debates, encontros com trabalhadores, e acções específicas dirigidas aos centros de emprego.

"O objectivo é lutar contra aquilo que são as realidades muito difíceis e ao mesmo tempo exigir alternativa a políticas do PS, PSD e CDS que querem aumentar as injustiças sociais", disse Francisco Lopes, deputado do PCP.

Questionado sobre o timing desta iniciativa, que começa no momento em que decorrem negociações para o Orçamento do Estado de 2010, Francisco Lopes lembra que a campanha vai até ao final de Março e que se insere no objectivo de "ruptura de política do país".

A campanha de rua articula-se também com uma ofensiva na Assembleia da República. A bancada comunista propôs o alargamento dos critérios de acesso ao subsídio de desemprego, que foi chumbado sete vezes pelo PS, lembra Francisco Lopes, proposta que será discutida na próxima sexta-feira. Para o dia anterior, está também agendada a discussão em plenário de um projecto de lei que pretende eliminar disposições no Código de Trabalho que alargaram os horários de trabalho de forma unilateral, permitindo jornadas de 12 horas ou semanas de trabalho de 60 horas, o que o PCP considera um "atraso civilizacional".

O Governo PS e o "patronato" são o alvo das críticas por apostarem "na pressão e chantagem sobre os trabalhadores". "Em milhares de empresas e locais de trabalho, os trabalhadores são confrontados diariamente com a ameaça de despedimento, com reduções de salários e remunerações, com a generalização da precariedade, com ataques à contratação colectiva e à sua dignidade", lê-se na nota de imprensa sobre a iniciativa. Uma campanha que segundo Francisco Lopes, será mais intensa do que as anteriores.