Carlos do Carmo reencontra Ary dos Santos
Ary dos Santos: eis o pretexto que, esta noite, leva Carlos do Carmo ao Coliseu dos Recreios. "Ary sempre!" é o título da celebração. 35 anos depois do 25 de Abril, 25 após a morte do poeta e autor das letras de dezenas de "canções-património" da música portuguesa, o Partido Comunista Português organizou a celebração. Carlos do Carmo canta. E, mesmo num momento em que as palavras de José Carlos Ary dos Santos voltam a ser ouvidas noutras vozes, com a edição recente de "Rua da Saudade" - onde as ouvimos cantadas por Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti -, dificilmente se poderia encontrar intérprete mais perfeito para a homenagem.
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Ary dos Santos: eis o pretexto que, esta noite, leva Carlos do Carmo ao Coliseu dos Recreios. "Ary sempre!" é o título da celebração. 35 anos depois do 25 de Abril, 25 após a morte do poeta e autor das letras de dezenas de "canções-património" da música portuguesa, o Partido Comunista Português organizou a celebração. Carlos do Carmo canta. E, mesmo num momento em que as palavras de José Carlos Ary dos Santos voltam a ser ouvidas noutras vozes, com a edição recente de "Rua da Saudade" - onde as ouvimos cantadas por Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti -, dificilmente se poderia encontrar intérprete mais perfeito para a homenagem.
Foi Ary dos Santos que, entre muitas outras parcerias, escreveu as letras do imenso "Um Homem na Cidade", álbum de Carlos de Carmo de 1977. E foi um homem que partilhou com Carlos do Carmo, para além de muita vida, força e sensibilidade poética - um verteu-a para o papel e recitou-a com verve, o outro deu-lhe toda a vida em voz.
Acompanhado por Ricardo Rocha na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola, Fernando Araújo no baixo e com a contribuição especial do pianista Bernardo Sassetti, Carlos do Carmo interpretará 20 "poemas-canções" de Ary dos Santos. Ele mesmo surgirá, antes do concerto, preservado em fita, num filme onde recita o poema "As Portas que Abril abriu".