Peça com vibrador retirada da ExperimentaDesign

Foto

No centro da polémica está um manequim feminino dourado, com um vibrador, que deveria fazer parte de uma exposição, organizada com a Coca-Cola, no Lounging Space da bienal, no Palácio Braamcamp, em Lisboa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No centro da polémica está um manequim feminino dourado, com um vibrador, que deveria fazer parte de uma exposição, organizada com a Coca-Cola, no Lounging Space da bienal, no Palácio Braamcamp, em Lisboa.

O que, segundo Guta, ficou acordado entre a Experimenta e a designer foi que “a peça não poderia integrar a exposição” e que os dois lados iriam “discutir em conjunto o briefing – como é hábito num processo criativo entre um designer ou arquitecto e o cliente ou, neste caso, o curador – e rever o trabalho proposto”. Existe “uma diferença substantiva entre design, arquitectura e artes plásticas”, sublinha Guta, e o que era proposto no âmbito deste projecto Coca-Cola Light era um trabalho de design.

Catarina Pestana garante que no briefing não lhe foi dito que teria que fazer um objecto funcional e “não existia qualquer regra de conduta”. O que fez foi “uma peça de comunicação”, num exemplo daquilo a que chama “design emocional”. Para a directora do estúdio DASEIN o que aconteceu é a que o seu trabalho foi censurado pela Coca-Cola, o que “acontece pela primeira vez na Experimenta”.

A peça, disse, será transportada para o Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, em frente ao qual se realiza hoje à noite um leilão da DASEIN. “Há já pessoas interessadas nela.”

Bárbara Coutinho, directora do MUDE, confirma que o trabalho ficará guardado no museu, com outras peças da DASEIN, que aí organizou a instalação Waste of Time, mas diz que a decisão sobre o que acontecerá à peça cabe à autora.

Título corrigido às 13h20 de dia 11 de Setembro