Índia vincula diálogo de paz com Islamabad a acções paquistanesas

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Manmohan Singh e Yousuf Raza Gilani estiveram juntos em Sharm el-Sheikh Amr Abdallah Dalsh/Reuters

“O processo de diálogo não pode avançar, mesmo que seja retomado, enquanto o território paquistanês continuar a servir para cometer actos terroristas contra a Índia”, afirmou Singh, citado pela agência indiana PTI, depois da reunião à margem da cimeira dos Não Alinhados, no resort egípcio de Sharm el-Sheikh.

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“O processo de diálogo não pode avançar, mesmo que seja retomado, enquanto o território paquistanês continuar a servir para cometer actos terroristas contra a Índia”, afirmou Singh, citado pela agência indiana PTI, depois da reunião à margem da cimeira dos Não Alinhados, no resort egípcio de Sharm el-Sheikh.

A notícia colide com o tom do comunicado conjunto feito por ambos os chefes de Governo, no qual se afirma que “o terrorismo é a principal ameaça para os dois países”, e que as conversações para a paz não devem estar relacionadas com o seu combate. O diálogo entre os dois rivais nucleares foi iniciado em Janeiro de 2004, mas interrompido depois dos atentados de Bombaim, entre 26 e 29 de Novembro de 2008, que fizeram 174 mortos.

Para além disso, o texto reforça a decisão dos dois Governos de cooperarem um com o outro para erradicar o terrorismo”, com Singh a defender a necessidade de levar os autores dos ataques de Novembro à justiça, e Gilani a garantir que fará tudo o que estiver ao seu dispor para que isso aconteça.

Este foi o segundo encontro de alto nível entre os países vizinhos, cujas relações estão congeladas desde os atentados de Bombaim, que fizeram 174 mortos. A Índia aponta a responsabilidade dos ataques ao grupo paquistanês Lashkar-e-Toiba, que segundo Nova Deli actuou com conhecimento dos serviços secretos de Islamabad.