Tupolev-154, o burro-de-carga russo

Constituiu a resposta russa a dois outros aviões de médias distâncias e três motores, fabricados nos anos de 1960 no Ocidente - o norte-americano Boeing 727 e o britânico Hawker Siddeley Trident – e manteve-se ao longo de quase três décadas como um dos mais reverenciados aviões do mundo, com capacidade para 180 passageiros mais três a quatro tripulantes. Essa reputação acabou, porém, por ser profundamente afectada durante o caos económico russo do início da década de 1990, quando se registaram dez quedas fatais de aviões Tu-154.

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Constituiu a resposta russa a dois outros aviões de médias distâncias e três motores, fabricados nos anos de 1960 no Ocidente - o norte-americano Boeing 727 e o britânico Hawker Siddeley Trident – e manteve-se ao longo de quase três décadas como um dos mais reverenciados aviões do mundo, com capacidade para 180 passageiros mais três a quatro tripulantes. Essa reputação acabou, porém, por ser profundamente afectada durante o caos económico russo do início da década de 1990, quando se registaram dez quedas fatais de aviões Tu-154.

Os dois maiores acidentes ocorreram em 1984 – quando um destes Tupolev das linhas russas Aeroflot colidiu com dois aparelhos de pista ao aterrar no aeroporto de Omsk, morrendo 174 pessoas – e em 1985 – numa queda de outro avião no Uzbequistão, em que morriam 200 pessoas. É exportado e faz parte das frotas de pelo menos 17 linhas aéreas além da Aeroflot e serve também algumas forças militares aéreas.

A queda de hoje, que envolveu um Tupolev 154 que começou a ser usado regularmente em Fevereiro de 1972, é o terceiro acidente mortal de um avião deste tipo no Irão desde 2002 e constitui o mais mortal acidente de aviação na República Islâmica desde 2003.