Nuno Melo diz que Vítor Constâncio "quis esconder" falhas na supervisão

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Nuno Melo destacou que o Banco de Portugal aconselha uma nacionalização, trinta anos depois do 25 de Abril em sete linhas Enric Vives-Rubio (arquivo)

"O Banco de Portugal quis esconder que desde 2007 tinha conhecimento das fraudes do BPN. O Banco de Portugal quis esconder que não orçamentou os custos para o contribuinte, que não calculou os prejuízos do banco", acusou Nuno Melo, frisando que o documento hoje divulgado foi recusado pelo Banco de Portugal aos deputados da Comissão de Inquérito parlamentar.

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"O Banco de Portugal quis esconder que desde 2007 tinha conhecimento das fraudes do BPN. O Banco de Portugal quis esconder que não orçamentou os custos para o contribuinte, que não calculou os prejuízos do banco", acusou Nuno Melo, frisando que o documento hoje divulgado foi recusado pelo Banco de Portugal aos deputados da Comissão de Inquérito parlamentar.

Nuno Melo destacou que o Banco de Portugal aconselha uma nacionalização, trinta anos depois do 25 de Abril, "em apenas sete linhas". O deputado responsabilizou ainda o Governo por ter decidido "quase por intuição" a nacionalização do banco, notando que o parecer de Vítor Constâncio não faz qualquer estimativa dos custos para o contribuinte, demonstrando assim "a sua incompetência".

"O Banco de Portugal quis esconder e quem paga a factura são os contribuintes", criticou, intervindo num jantar com militantes em Leiria. No documento, o Banco de Portugal aconselha ao Governo a nacionalização do Banco Português de Negócios apesar de desconhecer com exactidão as imparidades do grupo, indica o documento divulgado pelo CDS-PP. A nacionalização do BPN foi anunciada três dias depois de o Governo ter recebido o parecer de Vítor Constâncio, frisou ainda Nuno Melo.