Dark Was The Night

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Normalmente, há sempre um ponto de partida para as colectâneas, seja um autor, um lugar ou um género. Nesse sentido, esta dupla antologia parece funcionar como continuação de "No Alternative", do princípio da década de 90, que reflectia as linguagens mais alternativas do rock da época contendo temas dos Nirvana, Smashing Pumpkins, Soundgarden ou Sonic Youth. A nova compilação recruta uma multidão de nomes que tem tido visibilidade nos últimos quatro anos, conotados com os cenários mais alternativos do rock ou folk, como Arcade Fire, Blonde Redhead, Beirut, Feist, Sufjan Stevens, Antony, Grizzly Bear, Dirty Projectors, Yeasayer, Andrew Bird, Bon Iver ou os The National, que acabaram por estar ligados à produção do disco. Uma constatação óbvia, comparando as duas colectâneas: dos anos 90 para cá, o rock está menos incisivo e estridente. Agora a maior parte dos protagonistas opta por desenvolver atmosferas mais tranquilas, seja na abordagem de originais ou na criação de versões para canções tradicionais americanas. No total são 31 canções exclusivas, que resultaram de abordagens solitárias ou de parcerias. No campo das parcerias destaca-se a junção da canadiana Feist com os americanos Grizzly Bear ou o encontro de duas gerações de nova-iorquinos, os magníficos Dirty Projectors com letra e voz do sempre renovado David Byrne. A electrónica rendilhada dos americanos The Books com a voz do sueco Jose Gonzales ou a de Antony com a guitarra acústica de Bryce Dessner dos National, em "I was young when i left home" de Bob Dylan, são outros duetos em evidência. Uma das surpresas é a versão de "With a girl like you" dos Troggs por David Sitek dos TV On The Radio ou as novos originais dos Grizzly Bear e Yeasayer, numa linha mais harmónica do que costumam oferecer. Também há semi-desilusões (Sufjan Stevens, Arcade Fire) e faltam por aqui nomes óbvios (com destaque para os Animal Collective). Mas isso não diminui uma compilação muito acima da média.

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Normalmente, há sempre um ponto de partida para as colectâneas, seja um autor, um lugar ou um género. Nesse sentido, esta dupla antologia parece funcionar como continuação de "No Alternative", do princípio da década de 90, que reflectia as linguagens mais alternativas do rock da época contendo temas dos Nirvana, Smashing Pumpkins, Soundgarden ou Sonic Youth. A nova compilação recruta uma multidão de nomes que tem tido visibilidade nos últimos quatro anos, conotados com os cenários mais alternativos do rock ou folk, como Arcade Fire, Blonde Redhead, Beirut, Feist, Sufjan Stevens, Antony, Grizzly Bear, Dirty Projectors, Yeasayer, Andrew Bird, Bon Iver ou os The National, que acabaram por estar ligados à produção do disco. Uma constatação óbvia, comparando as duas colectâneas: dos anos 90 para cá, o rock está menos incisivo e estridente. Agora a maior parte dos protagonistas opta por desenvolver atmosferas mais tranquilas, seja na abordagem de originais ou na criação de versões para canções tradicionais americanas. No total são 31 canções exclusivas, que resultaram de abordagens solitárias ou de parcerias. No campo das parcerias destaca-se a junção da canadiana Feist com os americanos Grizzly Bear ou o encontro de duas gerações de nova-iorquinos, os magníficos Dirty Projectors com letra e voz do sempre renovado David Byrne. A electrónica rendilhada dos americanos The Books com a voz do sueco Jose Gonzales ou a de Antony com a guitarra acústica de Bryce Dessner dos National, em "I was young when i left home" de Bob Dylan, são outros duetos em evidência. Uma das surpresas é a versão de "With a girl like you" dos Troggs por David Sitek dos TV On The Radio ou as novos originais dos Grizzly Bear e Yeasayer, numa linha mais harmónica do que costumam oferecer. Também há semi-desilusões (Sufjan Stevens, Arcade Fire) e faltam por aqui nomes óbvios (com destaque para os Animal Collective). Mas isso não diminui uma compilação muito acima da média.