Amos Oz é o escritor israelita mais traduzido

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Amos Oz, autor de "O Meu Michael" e "Uma História de Amor e Trevas" (Edições Asa), é o escritor israelita mais traduzido: a sua obra já foi traduzida para 36 línguas. Amos lidera a lista apresentada pelo Instituto para a Tradução de Literatura Hebraica.

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Amos Oz, autor de "O Meu Michael" e "Uma História de Amor e Trevas" (Edições Asa), é o escritor israelita mais traduzido: a sua obra já foi traduzida para 36 línguas. Amos lidera a lista apresentada pelo Instituto para a Tradução de Literatura Hebraica.

A lista, que não teve em conta os resultados de vendas dos livros, considerou o número de línguas para as quais os textos originalmente escritos em hebraico foram traduzidos.

Ephraim Kishon e Uri Orlev ("Lídia, Rainha da Palestina" e "A Ilha na Rua dos Pássaros", Ambar) ficaram empatados em segundo lugar com as suas obras traduzidas para 34 línguas. A lista inclui ainda autores como Etgar Keret ("O Motorista de Autocarro Que Queria Ser Deus", Ambar), David Grossman ("Em Carne Viva" ou "Ver: Amor", Campo das Letras) e Zeruya Shalev ("Vida Amorosa de uma Mulher", Editorial Presença).

De acordo com o instituto, sem contar com a Bíblia o primeiro livro em hebraico a ser traduzido para uma língua estrangeira foi Abraham Mapu "The Love of Zion", publicado em Ídiche (Yiddish) em 1874. Cem anos depois a situação não era muito melhor, em 1980, e a literatura hebraica apenas tinha sido traduzida para 25 línguas, diz o jornal "Yedioth Ahronoth". Hoje, o número aumentou para 70 línguas. Cerca de 40 por cento dos livros traduzidos estão em inglês, 30 por cento em alemão, espanhol, francês, árabe, russo e italiano, e 30 por cento noutras línguas, revela o jornal.

Oz é um dos fundadores do movimento Peace Now, que pretende melhorar as relações entre israelitas e palestinianos e outros países árabes, e "Uma História de Amor e Trevas" é um dos poucos livros de um autor israelita a ser publicado em países árabes. "Acho que existe algo de universal no provinciano. Os meus livros são muito locais, mas curiosamente acho que quanto mais local, paroquial e provinciano, mais universal a literatura pode ser" explicou Amos Oz à revista "Newsweek", referindo-se à forma como as suas obras eram lidas em todo o mundo, em Fevereiro de 2008.