Pinto Ribeiro diz que os museus precisam de gestores

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O ministro reagia assim ao desafio lançado pelo director do Instituto dos Museus e da Conservação Pedro Cunha (arquivo)

“Muitas das pessoas que gerem museus fazem-no a partir de uma formação de conteúdos e não de gestão. Não aprenderam a gerir, mas isso é uma coisa que se aprende. É preciso qualificar as pessoas para gerir”. Para isso, adiantou, o Ministério estabeleceu um acordo com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e vai indicar oito pessoas que irão frequentar um curso de pós-graduação para gestão de equipamentos culturais e criativos. “Vamos formar gestores”.

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“Muitas das pessoas que gerem museus fazem-no a partir de uma formação de conteúdos e não de gestão. Não aprenderam a gerir, mas isso é uma coisa que se aprende. É preciso qualificar as pessoas para gerir”. Para isso, adiantou, o Ministério estabeleceu um acordo com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e vai indicar oito pessoas que irão frequentar um curso de pós-graduação para gestão de equipamentos culturais e criativos. “Vamos formar gestores”.

O ministro reagia assim ao desafio lançado pelo director do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), Manuel Bairrão Oleiro, que, num texto no número dois da revista Museologias.pt, lançado ontem no Museu do Teatro, em Lisboa, pede “uma definição clara de qual o efectivo papel que o Estado pretende que os museus públicos desempenhem”. Definição que, diz Bairrão Oleiro, citado pela Lusa, “terá que ser obrigatoriamente acompanhada das condições mínimas para que o possam cumprir”.

O director do IMC apresenta três modelos de gestão para os museus: a privatização total, mantendo-se as colecções como propriedade pública; a gestão totalmente pública; ou um apoio continuado do Estado mas com uma gestão de acordo com as regras privadas – hipótese que considera “mais interessante”.

Pinto Ribeiro defende que o Estado tem uma função de serviço público e deve “manter, desenvolver e criar” equipamentos culturais. Mas “com modelos económicos que permitam a sua sustentação”.