Sondagem à boca das urnas: rejeição do euro lidera na Suécia

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Os suecos que rejeitam o euro temem uma subida dos preços Georgi Licovski/EPA

Apesar do assassinato da ministra dos Negócios Estrangeiros e um dos principais rostos da campanha pelo "sim", Anna Lindh, em circunstâncias ainda não esclarecidas, os apoiantes da adesão à moeda única não conseguiram convencer os suecos.

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Apesar do assassinato da ministra dos Negócios Estrangeiros e um dos principais rostos da campanha pelo "sim", Anna Lindh, em circunstâncias ainda não esclarecidas, os apoiantes da adesão à moeda única não conseguiram convencer os suecos.

Segundo a sondagem da televisão pública SVT, os opositores terão conquistado 51,8 por cento dos votos, enquanto os apoiantes ficaram pelos 46,2 por cento. Cerca de dois por cento dos eleitores votaram em branco. A sondagem foi feita a sete mil eleitores, à boca das urnas.

Gunnar Lund, ministro das Finanças responsável pelo referendo ao euro, realçou, no entanto, em declarações à televisão TV4, que sondagens semelhantes se enganaram no passado. Considerando que ainda pode haver mudanças, o ministro admitiu, no entanto, que é mais provável uma vitória do "não".

Anna Lindh, uma fervorosa apoiante do euro, foi esfaqueada mortalmente num centro comercial de Estocolmo, na quarta-feira. Algumas sondagens efectuadas após a morte de Lindh indicavam que a maioria dos nove milhões de eleitores estaria disposta a realizar um voto de simpatia.

Os eurocépticos temem que a adesão ao euro e o abandono da coroa (moeda nacional) gere uma subida dos preços, uma diminuição dos fundos para a segurança social e a perda de controlo da relativamente robusta economia sueca.

Ao contrário, os apoiantes defendem que o euro vai reforçar a economia, traduzindo-se em mais crescimento.

A Suécia é actualmente um dos países que integram a União Europeia mas não aderiram ao euro, juntamente com a Dinamarca e o Reino Unido.