Matemática: Jorge Sampaio quer derrotar os "sérios problemas" dos alunos

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Sampaio defende um entendimento com os professores e associações Nuno Veiga/Lusa

Em declarações aos jornalistas depois da abertura do Congresso Internacional de Física e Matemática, que decorre em Lisboa, Jorge Sampaio reconheceu que optou pela área de Humanidades e, posteriormente, por Direito "talvez, em parte, por ter não ser um bom aluno a matemática".

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Em declarações aos jornalistas depois da abertura do Congresso Internacional de Física e Matemática, que decorre em Lisboa, Jorge Sampaio reconheceu que optou pela área de Humanidades e, posteriormente, por Direito "talvez, em parte, por ter não ser um bom aluno a matemática".

"Temos de fazer um esforço de grande desenvolvimento no ensino da matemática e da física, e o mais cedo possível, aos cinco, seis, sete anos de idade", defendeu, acrescentando que essa será a única forma de aumentar as candidaturas a cursos superiores nas áreas científicas e tecnológicas, suprimindo as necessidades do país ao nível dos recursos humanos.

"A matemática e a física são de longe as disciplinas onde até ao 7º ano existem mais falhas", disse.

Nesse sentido, o chefe de Estado considera necessário um entendimento com os professores e associações nestas áreas "para ver se estas dificuldades podem ser derrotadas", frisou.

Ao vencer o desconhecimento nos anos iniciais, talvez seja possível despertar as gerações mais novas, e a sociedade como um todo, para a curiosidade, experimentação e inovação, fundamentais para o progresso do país, disse.

"O avanço da ciência é vital para acelerar o progresso do conhecimento. Temos de vencer esta batalha se quisermos ser um país desenvolvido", continuou.

A última edição do Congresso Internacional de Física Matemática, que este ano deverá trazer mais de 600 especialistas à Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, segundo estimativas da organização, aconteceu há três anos, em Londres.