Agência Espacial Europeia ajudou Portugal no caso do "Prestige"

"Para muitos, o espaço está mais ligado à descoberta de planetas distantes e nem sempre ficam claros os benefícios para os cidadãos comuns", afirmou Rodotà após um encontro com o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce.

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"Para muitos, o espaço está mais ligado à descoberta de planetas distantes e nem sempre ficam claros os benefícios para os cidadãos comuns", afirmou Rodotà após um encontro com o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce.

De manhã, Rodotà visitou as instalações do IH onde teve oportunidade de observar como foram aproveitados os dados enviados pela ESA, ajuda que foi possível porque Portugal é membro desse organismo.

À tarde, o responsável visita as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA).

Segundo dados do director-geral da ESA, os contratos com a Agência Espacial Europeia renderam até à data à indústria portuguesa 4,7 milhões de euros.

De facto, a ESA procura investir em cada Estado-membro, através de contratos industriais para os programas espaciais, uma verba mais ou menos equivalente à contribuição de cada país. Segundo o antigo Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional (ICCTI), a quota paga por Portugal pela sua participação na ESA ascendeu, em 2002, aos 7,6 milhões de euros.

Portugal é membro de pleno direito da ESA desde 2000, embora os contactos com a Agência Espacial Europeia tivessem começado vários anos antes.

A deslocação de Antonio Rodotà a Portugal, a convite de Pedro Lynce, prende-se com a necessidade de "discutir as melhores formas para a participação nacional" e "os desafios que se colocam nos próximos anos".