Guerrilheiro e incendiário

Elia Suleiman, cineasta "poseur", com um humor fino e inteligente, convoca todas as referências e mais algumas para conceber a sua arma, este "cocktail" - que a "angústia da página em branco" nos leva sofregamente a identificar: ali referências a Tati, acolá a Keaton (olhem para a cara dele...), etc. Mas talvez o mais relevante é o facto de o cinema de Suleiman, autobiográfico, narcisista e de exposição pessoal (ele é, como Moretti ou César Monteiro, um dos casos actuais mais relevantes de cineastas "na primeira pessoa"), parece ter sido inventado a partir de uma terra-de-ninguém - território que o realizador, como vem dizendo nas entrevistas, identifica como a sua Palestina, ou seja, a identidade que se constrói na errância.

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Elia Suleiman, cineasta "poseur", com um humor fino e inteligente, convoca todas as referências e mais algumas para conceber a sua arma, este "cocktail" - que a "angústia da página em branco" nos leva sofregamente a identificar: ali referências a Tati, acolá a Keaton (olhem para a cara dele...), etc. Mas talvez o mais relevante é o facto de o cinema de Suleiman, autobiográfico, narcisista e de exposição pessoal (ele é, como Moretti ou César Monteiro, um dos casos actuais mais relevantes de cineastas "na primeira pessoa"), parece ter sido inventado a partir de uma terra-de-ninguém - território que o realizador, como vem dizendo nas entrevistas, identifica como a sua Palestina, ou seja, a identidade que se constrói na errância.