Um povo faminto vai às urnas no Lesoto

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Miguel Madeira

"Todos os partidos nos ofereceram palavras bonitas mas nenhum nos encheu a barriga", queixou-se à AFP Mathabo Moepo, uma idosa de Lekoatse, no sueste do país. Ela vai votar no Partido Nacional Basotho (BNP), o principal grupo de oposição ao Congresso do Lesoto para a Democracia (LCD), do primeiro-ministro.

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"Todos os partidos nos ofereceram palavras bonitas mas nenhum nos encheu a barriga", queixou-se à AFP Mathabo Moepo, uma idosa de Lekoatse, no sueste do país. Ela vai votar no Partido Nacional Basotho (BNP), o principal grupo de oposição ao Congresso do Lesoto para a Democracia (LCD), do primeiro-ministro.

O ano passado, o Programa Alimentar Mundial (PAM), agência das Nações Unidas, começou a distribuir ajuda a cerca de 36 mil pessoas em cinco dos dez distritos administrativos do Lesoto, depois de súbitas chuvas diluvianas e queda de gelo, que se seguiram a uma prolongada seca que destruiu as colheitas.

"Não é suficiente para satisfazer as necessidades", considera o PAM. Os efeitos da seca e das chuvas "são mais dramáticos" no Lesoto do que em qualquer outro país da África Austral porque apenas 9 por cento da superfície do reino é terra arável.