A família que "abancou" na Avenida de Roma

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Miguel Madeira

Para o conseguir, o escultor Jorge Melício passou para o bronze "um sonho", o seu arquétipo de família - quatro figuras em tamanho real, em "são convívio": um rapaz (o filho) que estará para sempre sentado numa bicicleta meio encostado ao pai; a mãe que permanecerá sentada num banco de jardim com uma menina (a filha), surpreendida pelo voo de uma borboleta que acabou pousada num dos seus dedos.

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Para o conseguir, o escultor Jorge Melício passou para o bronze "um sonho", o seu arquétipo de família - quatro figuras em tamanho real, em "são convívio": um rapaz (o filho) que estará para sempre sentado numa bicicleta meio encostado ao pai; a mãe que permanecerá sentada num banco de jardim com uma menina (a filha), surpreendida pelo voo de uma borboleta que acabou pousada num dos seus dedos.

É este o conjunto hiperrealista que será hoje inaugurado no jardim do Forum Lisboa, por iniciativa da Câmara de Lisboa e da Junta de Freguesia de São João de Deus. Sustentam estas entidades que o jardim situado nas traseiras da Avenida de Roma se tornou, com as esculturas de Meliço, "mais humano e mais agradável". Segundo Manuel Figueiredo, vereador do Ambiente, a presente intervenção insere-se no programa de requalificação dos espaços verdes de Lisboa. O que, no caso, foi feito também com a preocupação de "dar a conhecer um escultor da cidade".

Meliço diz que se cansou da pedra. Há meia dúzia de anos dedicou-se, por inteiro, ao hiperrealismo. Em versão bronze, um material que, recorda, é menos deteriorável pela acção do tempo e da mão humana. Na sua idealização, a família que Meliço fez nascer junto à Avenida de Roma vem também proclamar, à semelhança do movimento seguido pelo escultor, que "tudo é como é, e no entanto é distinto no modo como nos aparece".