Olga Roriz na Comuna com «Os Olhos de Gulay Cabbar»

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«Os olhos de Gulay Cabbar» estreou no Citemor 2000 DR

Olga Roriz mostra, através de "Os olhos de Gulay Cabbar", uma situação desesperada de uma mulher que foi colhida pelas cheias na Turquia. Durante os 30 minutos que passaram até ser resgatada, Gulay Cabbar pensou que iria morrer e repensa todo o seu percurso.A coreógrafa chegou a este universo acidentalmente, enquanto folheava uma revista. À história quis acrescentar "uma ponte para a banalização da informação em que tudo é dito da mesma maneira" - o que encontra expressão no espectáculo na exibição em três ecrãs de imagens de acidentes -, uma espécie de barbárie do quotidiano.
"Já não não sabemos quais são as histórias que têm valor", sublinhou Olga Roriz, em declarações ao PUBLICO.PT.

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Olga Roriz mostra, através de "Os olhos de Gulay Cabbar", uma situação desesperada de uma mulher que foi colhida pelas cheias na Turquia. Durante os 30 minutos que passaram até ser resgatada, Gulay Cabbar pensou que iria morrer e repensa todo o seu percurso.A coreógrafa chegou a este universo acidentalmente, enquanto folheava uma revista. À história quis acrescentar "uma ponte para a banalização da informação em que tudo é dito da mesma maneira" - o que encontra expressão no espectáculo na exibição em três ecrãs de imagens de acidentes -, uma espécie de barbárie do quotidiano.
"Já não não sabemos quais são as histórias que têm valor", sublinhou Olga Roriz, em declarações ao PUBLICO.PT.

A vida o amor e morte

Sobre o que pretendeu atingir com o solo, explica:"Este solo é, na sua essência, no seu percurso e na sua finalidade, sobre a vida, o amor e morte. Não desta mulher, [Gulay Cabbar] mas pelos olhos desta mulher, pelos seus gestos, pelo que oculta e desvenda".
A gestualidade crua, como se apenas se tratasse de espasmos, surge no espectáculo como ilustração da experiência do limite a que chegou Cabbar nos 30 minutos em que tudo parecia terminar, daí as notas finais de quem já não tem nada a perder: "Nem um vislumbre de idealismo. Partilhar já não serve de nada. Vocês são-me completamente indiferentes...", escreveu Olga Roriz.
"Os olhos de Gulay Cabbar" estreou no Citemor 2000, passou por várias cidades portuguesas e também por Paris.
António Viegas, à semelhança do que tem acontecido nos espectáculos de Olga Roriz, é o responsável pela criação musical. A coreografia é de Paulo Reis e Olga Roriz e o desenho de luz de Clemente Cuba.
Em exibição na Comuna, todas as quintas, sextas e sábados, às 22h00, e aos domingos às 18h00.