O Sexto Sentido

É um filme sinuoso, com um programa assinalável, sobretudo hoje quando o terror ou o fantástico vergaram sob o peso dos efeitos especiais: deixar o espectador sozinho com o medo e com a angústia. Depois, nem se pode dizer que, havendo uma "revelação" final, "O Sexto Sentido" queira enganar o espectador, ou esconder dele a surpresa - porque ela está inscrita em cada plano do filme. Finalmente, é difícil não tirar os olhos de um miúdo chamado Haley Joel Osment e quanto a Bruce Willis a sua apatia é não só explicável pela revelação final como é mais uma fonte de mal estar. O que é que falha? É que M. Night Shyamalan abafa as potencialidades de "O Sexto Sentido" pela forma como "embala" o argumento. Tanto cuidado, e cada gesto de afago acaba por ser um acto de desvitalização.

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É um filme sinuoso, com um programa assinalável, sobretudo hoje quando o terror ou o fantástico vergaram sob o peso dos efeitos especiais: deixar o espectador sozinho com o medo e com a angústia. Depois, nem se pode dizer que, havendo uma "revelação" final, "O Sexto Sentido" queira enganar o espectador, ou esconder dele a surpresa - porque ela está inscrita em cada plano do filme. Finalmente, é difícil não tirar os olhos de um miúdo chamado Haley Joel Osment e quanto a Bruce Willis a sua apatia é não só explicável pela revelação final como é mais uma fonte de mal estar. O que é que falha? É que M. Night Shyamalan abafa as potencialidades de "O Sexto Sentido" pela forma como "embala" o argumento. Tanto cuidado, e cada gesto de afago acaba por ser um acto de desvitalização.