Primeiro voo extraordinário desde a suspensão da ligação a Bissau está cheio

Por enquanto, só está previsto mais um destes voos extraordinários, na segunda-feira à noite. Habitualmente a TAP tem três voos semanais Lisboa-Bissau, à segunda, sábado e quinta.

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O voo extraordinário que a TAP organizou este sábado à noite para transportar de Bissau para Lisboa todos os que já tinham bilhete comprado para o voo da passada quinta-feira – que foi suspenso depois do embarque forçado de 74 passageiros sírios – está cheio.

Serão cerca de 140 os passageiros a fazer a viagem num avião fretado pela companhia aérea portuguesa à Senegal Airlines que os levará de Bissau até à capital senegalesa, Dacar, onde ficarão cerca de 35 minutos, e daí para Lisboa, informou a assessoria de imprensa da TAP. Em vez das cerca de quatro horas habituais, a viagem demorará mais uma hora. A hora de partida prevista de Bissau é as 20h45.

Por enquanto só está previsto mais um destes voos extraordinários, na segunda-feira à noite, refere a mesma fonte. Habitualmente a TAP tem três voos semanais, à segunda, sábado e quinta.

A suspensão da ligação aconteceu na sequência daquilo que a companhia considerou ser uma "grave quebra de segurança" no embarque de um voo para Lisboa, que implicou o transporte de um grupo de 74 passageiros (21 crianças, 15 mulheres e 38 homens), supostamente sírios, proveniente de um voo da Guiné-Bissau, com passaportes falsificados da Turquia. 

A ordem para embarcar terá sido dada por um membro do Governo guineense que pressionou o chefe de escala da companhia aérea nacional, ameaçando-o de que o avião ficaria retido no aeroporto caso os passageiros não fossem transportados.

Os 74 imigrantes ilegais pediram asilo a Portugal e foi-lhes concedido um visto especial de entrada no país por razões humanitárias, aguardando-se a conclusão do processo em centros de acolhimento fornecidos pela Segurança Social.

Uma comissão de inquérito criada pelo Governo de transição da Guiné-Bissau tem até quarta-feira para esclarecer o incidente que levou à suspensão dos voos da TAP entre Lisboa e a capital guineense, disse fonte governamental à agência Lusa.
 

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