Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPSM), que organizaram o concurso para a selecção das novas clínicas que vão fazer colonoscopias com comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na Grande Lisboa, divulgaram a lista com as moradas das entidades que vão começar a fazer estes exames.

Desta forma, quis esclarecer os utentes do SNS e provar que todas as unidades elencadas para fazer colonoscopias com sedação no Portal da Saúde se localizam na Grande Lisboa, a região mais carenciada neste tipo de exames que são essenciais para o diagnóstico do cancro do intestino.

As moradas das 37 entidades (o PÚBLICO pediu também os números de telefone, sem sucesso) foram divulgadas depois de a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo (Europacolon) ter denunciado que a maior parte destas clínicas não faz colonoscopias comparticipadas pelo Estado, que grande parte não se localizam da Grande Lisboa e que várias não têm, sequer, número de telefone.

O PÚBLICO confirmou na quinta-feira que pelo menos três estabelecimentos não estavam ainda a fazer colonoscopias para os utentes do SNS. Quem atendia o telefone, do lado de lá, garantia que esse tipo de exames não era prestado aos utentes do SNS. Esta é ainda uma fase de preparação, os contratos acabam de ser assinados, justificou uma fonte do Ministério da Saúde, remetendo mais esclarecimentos para os SPSM.

A lista enviada por aquele organismo do Ministério da Saúde especifica, então, as moradas das entidades que irão realizar estes exames e os agrupamentos de centros de saúde (ACES) a que pertencem. Estas clínicas podem ter sede numa cidade e ter unidades noutros sítios, sublinhou a assessoria de imprensados SPSM, para explicar o motivo pelo qual várias destas têm sedes em cidades como o Porto, Vila Nova de Famalicão e o Entroncamento.

Esta lista de novas clínicas (até agora eram apenas duas as que faziam este tipo de exame na região, segundo o Ministério da Saúde, e só cinco, na versão da Europacolon) tinha sido divulgada pelo ministério no Portal da Saúde. O problema das listas de espera para a realização de colonoscopias com sedação na Grande Lisboa, que chegam a ultrapassar meio ano, arrasta-se desde há vários anos.