Cavaco diz que mortes de bombeiros não se podem transformar “numa realidade habitual”

Nota colocada na página da Presidência da República na Internet.

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Viatura onde seguia a bombeira de 21 aos que perdeu a vida no combate às chamas no Caramulo DR

Depois de lembrar os bombeiros já mortos e os feridos, Cavaco Silva afirma: “Não é o primeiro ano em que há bombeiros tombados em serviço, prova do risco efectivo da missão que abraçaram. Mas não podemos deixar que as mortes de bombeiros em incêndios florestais se transformem numa realidade habitual.”

Morreram em Portugal cinco bombeiros no espaço de um mês.

Cavaco foi muito criticado na passada semana por não ter feito qualquer referência pública ao combate aos fogos e à morte de bombeiros. A Presidência da República fez depois saber que o Chefe de Estado se tinha dirigido às famílias em privado.

Na nota agora emitida, Cavaco Silva lembra os bombeiros mortos um a um e os vários feridos e acrescenta que “tem sido muito grande a pressão dos incêndios florestais deste mês de Agosto, com ocorrências, área ardida, reacendimentos e duração dos fogos que relembram os piores anos”.

“Todas estas dramáticas situações humanas merecem o nosso profundo respeito e pesar. Devemos venerá-las humildemente, com a discrição, a seriedade e a proximidade que cada um destes dramas pessoais reclama. Devemos fazê-lo sem outro objectivo que não seja o de honrar o exemplo singular de dignidade e abnegação de quem – sem nada pedir em troca e na flor da idade adulta – doou a sua vida ou a sua integridade física na ajuda voluntária aos demais”, acrescenta o Presidente da República.

Cavaco termina enviando aos “bombeiros portugueses e demais agentes de protecção civil uma palavra de agradecimento” pelo “desempenho notável que têm demonstrado e de coragem para a missão que ainda têm pela frente”.

“Faço-o também às populações, que têm sabido encontrar forças para enfrentar as chamas e ajudar os bombeiros”, finaliza.

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