Uma década de INIMIGO, três papas, quatro primeiros-ministros e uma cagarra

O INIMIGO PÚBLICO faz hoje 10 aninhos. Desde 2003, fomos orgulhosamente o Artur Baptista da Silva da imprensa portuguesa e acompanhámos, com faro de lince ibérico, a ascensão e queda de quatro primeiros-ministros, dois Presidentes da República, três PGR, um George W. Bush, 80 mil enchidos oferecidos a Fernando Mendes no Preço Certo e um genoma do arroz.

O INIMIGO, sem falsas modéstias, marcou a década 2003/2013 como a Cimeira das Lajes marcou uma viragem na carreira de Durão Barroso ou Carolina Salgado revolucionou o futebol nacional. Amámos as cagarras, o primo de Sócrates a aprender Kung Fu em Shaolin, os 38.760 caracteres de ideias de Manuel Maria Carrilho para Lisboa, a maçã podre, o deserto do Poceirão, as 700 piadas de Pinto da Costa erradamente confundidas com ironia, as 15 homenagens de La Feria a grandes senhoras do teatro ou o juiz Rui Teixeira em cima da mota, à Batman.

Daqui para a frente, o desafio que se coloca não é tanto ao INIMIGO PÚBLICO mas aos mourinhos, troikos, políticos irrevogáveis e anas avoilas com que pudemos sempre, mas sempre contar. A todos os que possibilitaram capas ou singelas notas de rodapé do INIMIGO, o nosso obrigado e a promessa de que continuaremos a ser a sonda Voyager da imprensa nacional, levando os macários e as lucianas rumo ao infinito e mais além.

Para a nossa casa-mãe, o PÚBLICO, fica um beijinho repenicado. Seremos sempre a vossa incorrecção factual. Vamos falando.

Luís Pedro Nunes e redacção

Sugerir correcção
Comentar