RTP junta nove empresas em cluster de tecnologia de media

Administração recusa falar sobre o presente e o futuro da empresa, remetendo respostas para depois de dia 9, quando o ministro apresenta no Parlamento o seu plano para a RTP.

Chama-se PIMS e reúne nove PME portuguesas dedicadas às tecnologias de informação e de gestão de media: é o novo cluster empresarial para a inovação criado pela RTP e que começará a trabalhar em conjunto dentro de algumas semanas.

O objectivo - “ambicioso”, reconhece o presidente da RTP - do PIMS – Portuguese Innovative Media Solutions, o nome em inglês para o grupo, é ajudar a RTP a ser “uma das empresas mais inovadoras em termos tecnológicos”, afirmou esta quinta-feira Alberto da Ponte, na cerimónia de apresentação do cluster, que contou com a presença do secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade.

Entre as nove pequenas e médias empresas nacionais convidadas pela RTP há algumas que já trabalham com os canais públicos. Cycloid, MOG Technologies, wTVision, VoiceInteraction, Priberam Informática, InnoWave Technologies, WayNext, Streambolico e GSoft são as empresas envolvidas, mas Alberto da Ponte não descarta a hipótese de o cluster vir a ser alargado.

São todas empresas com operação além-fronteiras. Trabalham áreas como o marketing digital, TV no telemóvel, integração de plataformas de media, vídeo on demand, live vídeo streaming, sistemas automáticos de legendagem, infografismo em tempo real, gestão de produção. Por um lado são fornecedoras da empresa de serviço público, por outro passam a fazer parte de uma espécie de montra que através da RTP chega a mercados em todos os continentes.

O cluster irá contribuir para fazer da RTP “uma das empresas mais inovadoras em termos tecnológicos, mas que seja também mais rentável, eficaz e mais moderna”.

Não se falou em dinheiros, apenas em “criação de valor”, “optimização de recursos” e “redução de custos”, sem os quantificar. Alberto da Ponte fez questão de garantir que este cluster “não custa nada” à RTP, mas disse não ter “números para avançar” sobre eventual contribuição deste cluster para uma redução de custos da empresa.

Questionado pelo PÚBLICO sobre se tenciona prosseguir a mesma estratégia de criação de um cluster para a produção de conteúdos, uma vez que a RTP já anunciou pretender reduzir a sua produção e passar a comprá-los no mercado, Alberto da Ponte recusou-se a responder.

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