PSD acusa PS de postura “antipatriótica” por não apoiar o Governo

Marco António Costa lembra que o PSD apoiou o Governo PS de Sócrates e diz que o partido de Seguro não está do "lado da solução".

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Marco António Costa Nuno Ferreira Santos

O vice-presidente e coordenador da comissão política nacional do PSD, Marco António Costa, acusou neste sábado o PS de ter uma atitude “antipatriótica” por não apoiar o Governo nem estar do “lado da solução”.

“Na oposição, o PSD deu muitas vezes a mão ao Governo. É nisto que há uma marca distintiva também em relação ao PS. Com Pedro Passos Coelho, aconteceu algo inédito no país quando se disponibilizou para apoiar o Governo. Oposição e Governo estavam juntos. Agora este Governo tem recebido do PS o mesmo de sempre: nada. Nenhum tipo de apoio”, apontou Marco António Costa durante o ciclo de conferências Confiança no Poder Local – Estratégia e Gestão de Fundos Comunitários, Portugal 2020.

A conferência decorre na Maia e será encerrada com a participação do presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

PS não deveria “obstaculizar”
Marco António Costa defendeu que, “se o PS não quer estar do lado da solução, também não deveria obstaculizar”. Para o dirigente não é admissível que o PS se “recuse a reconhecer os sinais positivos na economia”, preferindo “destruir em praça pública o trabalho sério que tem sido construído”.

Por outro lado, o vice-presidente do PSD criticou alguns “políticos que esbracejam muito no Norte”, salientando a importância da instalação do Banco do Fomento no Porto. “Muitos falam, nós fazemos”, apontou o social-democrata, que defendeu que o “PSD volta a ser, nestes 40 anos de 25 de Abril, um esteio da democracia”, promovendo “o desenvolvimento”.

Antes disso, o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, assumiu que Portugal é um dos países desenvolvidos “mais centralistas” e que agora a orientação é “aproveitar o que esteve bem no passado” na programação dos fundos europeus e “corrigir o que esteve mal”, com o financiamento de “bons projectos” focado nos “resultados”.

Poiares Maduro fez ainda questão de sublinhar que as verbas dos fundos comunitários para o programa regional no Norte vão “subir 25%”. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, acusou recentemente o Governo de “centralismo” na distribuição dos fundos comunitários.

Moreira insistiu ainda que a forma como está a ser gerida a distribuição do próximo pacote de fundos comunitários não é transparente, defendendo uma maior participação das regiões na gestão das verbas europeias.
 
 
 

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