Ex-jornalistas do El País, RTVE e Público espanhol lançam novo projecto

O Infolibre será um órgão de comunicação social "profissional, independente, livre, honesto e de qualidade". Para já tem um blogue.

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Promotores explicam os objectivos do projecto no blogue DR

O antigo director do diário espanhol Público, Jesus Maraña, anunciou nesta quarta-feira no Twitter o nascimento de um projecto jornalístico no qual vão colaborar jornalistas despedidos do Público, do El País e da RTVE, entre outros.

O projecto intitulado Infolivre ainda só tem blogue, no qual os promotores explicam que este será um órgão de comunicação “profissional, independente, livre, honesto e de qualidade”.

“É uma proposta informativa e cívica que nasce no momento em que a crise económica ameaça tanto a democracia como o jornalismo, subordinados cada vez mais aos interesses do poder económico e financeiro”, lê-se no blogue.

Ainda não são conhecidos muitos pormenores sobre o projecto – que deverá nascer em breve, segundo o jornal online El Digital de Madrid – mas os promotores lançam algumas pistas numa nota intitulada “Os nossos princípios”.

“Todos os conteúdos serão decididos pelos seus profissionais. O projecto é impulsionado por um grupo de jornalistas que tem uma participação substancial nas acções da empresa editora”, o que “garante que os critérios informativos prevalecerão sobre qualquer outro”, afirmam.

O Infolibre vai ser um meio “independente, tanto dos poderes políticos como dos poderes económicos e empresariais”, apoiado sobretudo nos contributos financeiros dados pelos leitores. “O nosso único compromisso é com eles”, sublinham.

Os promotores prometem também recusar doações ou acordos que "escondam" contrapartidas que possam ir contra “os interesses dos leitores e da verdade”, e só aceitarão publicidade mediante o pagamento de taxas que serão definidas e divulgadas publicamente.

“O sensacionalismo não terá lugar nas nossas publicações”, acrescentam. O Infolibre vai ter uma comunidade formada por leitores e subscritores para canalizar “os contributos informativos e as opiniões, sempre sujeitas a supervisão jornalística com critérios de qualidade e independência”.

Não é revelado o número de profissionais que integram a equipa. Só no El País, foram recentemente despedidos 129 trabalhadores, maioritariamente jornalistas. No Público espanhol foram dispensados mais de uma centena de trabalhadores, quando foi encerrada a edição impressa.

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