Vera Jardim considera que detenção de Sócrates é “um embaraço” para o PS

O ex-ministro da Justiça do PS acredita que a nova liderança de António Costa "saberá lidar com a situação da melhor forma".

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Vera Jardim em 2004 Rui Gaudêncio

O antigo ministro da Justiça socialista José Vera Jardim declarou à Rádio Renascença (RR) estar convicto da inocência do ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas reconheceu que o caso “é um embaraço” para o Partido Socialista (PS). Vera Jardim reconheceu na segunda-feira, durante o programa Falar Claro da RR, o “impacto enorme” da detenção de José Sócrates e o “embaraço” que causa ao PS.

“A presunção de inocência, no meu caso é convicção de inocência”, afirmou o dirigente do PS no programa Falar Claro, antes de serem conhecidas as medidas de coacção ao antigo primeiro-ministro José Sócrates (que ficou em prisão preventiva) e aos outros três arguidos no âmbito da mesma investigação sobre alegados crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, entre outros.

O antigo ministro da Justiça e dirigente do PS, que falou pela primeira vez sobre o caso, vincou à RR que a detenção de José Sócrates tem efeitos no PS.

“É evidente que é um embaraço”, declarou Vera Jardim, salientando, no entanto, estar convicto de que a “liderança forte de António Costa saberá lidar com a situação da melhor forma”. Sobre o XX Congresso do PS, que vai decorrer no próximo fim-de-semana, José Vera Jardim considerou que “tudo será feito” para tornar o evento “o mais normal possível”.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates tornou-se o primeiro ex-líder de governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.

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