PS, Aliança Portugal, CDU e MPT elegem mais quatro eurodeputados

A DGAI avança a distribuição dos 21 mandatos, com 99,62% dos votos conhecidos.

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Marinho Pinto vai ter a companhia de José Inácio da Silva Antunes de Faria no Parlamento Europeu Enric Vives-Rubio

Os quatro mandatos de Portugal para o Parlamento Europeu que faltavam escrutinar foram distribuídos pelo Partido Socialista, Aliança Portugal, CDU e Partido da Terra, revela a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI).

No site criado para as eleições europeias, a DGAI avança a distribuição dos 21 mandatos, com 99,62% dos votos conhecidos.

Com 12 consulados por apurar, de um universo de 71, “é possível concluir pela certeza da distribuição dos quatro mandatos ainda não atribuídos na plataforma às candidaturas da Aliança Portugal, CDU – Coligação Democrática Unitária, Partido da Terra e Partido Socialista (indicados por ordem alfabética, por não ser definitiva ordem da sua atribuição)”, lê-se no site.

Assim, conseguiram ser eleitos José Manuel Fernandes (pela Aliança Portugal - PSD/CDS-PP), Miguel Lopes Viegas (CDU), José Inácio da Silva Antunes de Faria (do MPT) e Liliana Maria Gonçalves de Gois (PS).

O PS continua a ser o partido com mais mandatos nas eleições de domingo, com oito deputados, seguindo-se a Aliança Portugal com sete, a CDU, que elege três, e o MPT com dois eurodeputados.

O Bloco de Esquerda conseguiu eleger apenas a cabeça de lista, Marisa Matias, ficando assim atribuídos os 21 mandatos de Portugal no Parlamento Europeu.

Nestas eleições, em que a abstenção atingiu o valor recorde de 66%, a CDU conseguiu um dos seus melhores resultados de sempre – passando a ter três eurodeputados -, enquanto o BE caiu para menos de metade em relação a 2009, sendo a surpresa da noite das eleições o resultado do MPT, com a eleição do cabeça-de-lista, António Marinho e Pinto, e do número dois José Inácio Faria.

Informada de que os votos do estrangeiro por considerar eram apenas 481, a DGAI, que anunciara a conclusão do escrutínio para esta quarta-feira, optou por revelar a distribuição final dos mandatos ainda na noite de segunda-feira.

A Comissão Nacional de Eleições deliberou nesta terça-feira de manhã prescindir da repetição das eleições nas 12 freguesias onde ocorreram boicotes no domingo, também por estar em causa um número de votos insuficiente para alterar o resultado.

Olhando para a nova constituição do Parlamento Europeu, as eleições de domingo revelam um crescimento dos partidos de extrema direita e eurocépticos: em França, a Frente Nacional de Marine Le Pen foi o partido mais votado, com cerca de 25% dos votos, e a formação eurocéptica que venceu as europeias foi o Partido Independentista do Reino Unido (UKIP), de Nigel Farage, que conseguiu 30% da representação do país.
 

Acrescentados os penúltimo e antepenúltimo parágrafo.

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