Pizarro diz que percurso de Rui Moreira legitima a sua candidatura ao Porto

Um percurso cívico apreciável e "um cidadão cheio de qualidades", diz o candidato do PS à autarquia, depois de Rui Moreira ter afirmado no sábado que está a construir uma "candidatura independente" ao Porto.

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Rui Moreira ia até discursar mas agora nem vai à cerimónia Ricardo Castelo\NFactos

O candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, afirmou esta segunda-feira que gostava que Rui Moreira se revisse na sua candidatura. Mas considerou que “o percurso” do empresário “legitima em absoluto” a sua eventual corrida ao cargo.

“O dr. Rui Moreira é um cidadão do Porto, com um percurso cívico que eu aprecio muito e um cidadão cheio de qualidades. Claro que, verdadeiramente, o que eu gostaria era que apoiasse a minha candidatura e ainda não perdi inteiramente essa esperança”, afirmou Manuel Pizarro, em declarações à Lusa.

Rui Moreira afirmou no sábado, em entrevista à Lusa, estar a construir uma “candidatura independente” à Câmara do Porto e disse que só não se assume já como candidato por estar a equacionar as possibilidades de vitória, mesmo sendo “livre da lógica dos directórios partidários”.

Para Pizarro, Rui Moreira “tem um percurso pessoal, cívico e de intervenção na cidade que legitima em absoluto a sua candidatura”. Na opinião do candidato socialista, Rui Moreira é um cidadão do Porto com “autonomia suficiente para definir essa candidatura de modo próprio”.

Manuel Pizarro defende que “os partidos políticos são essenciais à vida democrática”, mas entende também que “os partidos não ocupam todo o espaço de intervenção cívica e autárquica”. Deste modo, sustentou, é “absolutamente aceitável a existência de uma candidatura independente”.

Na entrevista, Rui Moreira revelou que não vai ser o candidato do CDS, mas não disse se terá o apoio oficial do partido. “Terá de perguntar ao CDS”, respondeu.

“Em qualquer circunstância, o projecto da candidatura é muito pessoal. Não estou disponível para negociar programas”, vincou. Rui Moreira esclareceu ainda que a candidatura que quer construir não é “anti-partidos”.

“É independente no sentido de ter cariz presidencialista, em que sou eu quem vai definir as ideias, o programa e os métodos”, sustentou.
 
 

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