Que se Lixe a Troika não pretende subir ou ocupar a escadaria do Parlamento

Em entrevista à TSF, um membro do movimento afirmou apenas que qualquer cidadão tem o direito de subir a escadaria livremente.

Ao contrário do que foi noticiado durante esta tarde, não há nenhuma posição definida no seio do movimento Que Se Lixe a Troika para subir ou ocupar a escadaria da Assembleia da República.

“Não há nenhuma posição concertada em relação a isso”, fez saber um dos promotores do movimento, Nuno Ramos de Almeida.

Em entrevista à TSF, Ricardo Morte, outro rosto do movimento, considerou que depois dos incidentes que se deram no Parlamento, com o romper da barreira policial que permitiu a passagem das forças de segurança que se estavam a manifestar, todo e qualquer cidadão tem o direito de subir a escadaria da Assembleia, não mencionando porém que o Que se Lixe a Troika, movimento que se caracteriza pela sua organização horizontal, tivesse a intenção de o fazer.

“Se as pessoas que lá estiverem, quiserem subir as escadas, pois que subam, porque ninguém quer subir para destruir ou para tomar de assalto seja lá o que for. Nós queremos subir para estarmos mais perto e sermos ouvidos de mais perto”, declarou Ricardo Morte. 

“A Assembleia da República é nossa, não é do Governo, e a verdade é que todos nós temos direito a subir a escadaria, o que não significa que o Que se Lixe a Troika o esteja a preparar”, clarificou Nuno Ramos Almeida. 

Ainda no passado mês de Outubro, o movimento que trouxe milhares de pessoas à rua no 15 de Setembro de 2012 e a 2 de Março deste ano endereçou à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, um pedido para ocupar a escadaria de São Bento na manifestação que estava a preparar para o dia 26 de Outubro.

Assunção Esteves não se opôs, mas encaminhou o pedido para o Ministério da Administração Interna e para a PSP, que acabou por acordar com o movimento disponibilizar apenas o fundo da escadaria, alegando questões de segurança.

No dia 26 de Outubro, lá estavam os oito degraus, "abaixo dos leões", prometidos pela PSP que o Que se Lixe a Troika ocupou como espaço de apoio ao palco improvisado onde decorreram intervenções políticas e sociais e miniconcertos de bandas convidadas pelo movimento. 
 

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