Marques Mendes quer liberdade de voto se houver vários candidatos presidenciais

O social-democrata entende que “António Costa cometeu a imprudência de se deixar associar ao Syriza” e que “a Grécia é um pesadelo para o PS”.

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Os jovens sociais-democratas em mais uma "aula" na Universidade de Verão Miguel Madeira

O antigo líder do PSD Marques Mendes defende que, se houver mais do que um candidato da área do PSD nas eleições presidenciais, “o partido deve dar liberdade de voto à primeira volta e só apoiar mais tarde o candidato que passar à segunda volta”.

As respostas do social-democrata estão na edição desta quarta-feira do jornal da Universidade de Verão do PSD, a decorrer em Castelo de Vide. “O ideal seria haver um único candidato da área do PSD para contrastar com a divisão recente na área do PS. Mas nem sempre o ideal coincide com o possível”, responde ainda Marques Mendes à pergunta de um dos jovens inscritos neste evento.

O antigo líder entende que o PSD “deve aguardar o anúncio de candidaturas” e “esperar que elas surjam depois de 4 de Outubro, para não misturar legislativas com presidenciais e não dividir o partido, como está a acontecer com o PS”.

Questionado por outro "aluno" sobre a possibilidade de a situação na Grécia poder influenciar as eleições legislativas em Portugal, Marques Mendes considera que sim e que será, sobretudo, o PS o partido mais afectado. “Por comparação com Portugal, todo o caso grego vai pesar bastante nas nossas eleições”, afirma o social-democrata. E, alinhando no discurso da coligação, explica: porque “Portugal só teve um resgate e a Grécia já vai no terceiro”; porque “a Grécia volta a ter um reforço de austeridade, enquanto Portugal já está a reduzir”; porque “os portugueses percebem que Portugal é um caso de sucesso e a Grécia um exemplo de fracasso”.

Mas não só: “Porque a aventura do Syrizia só agravou a vida dos gregos. E, finalmente, porque António Costa [líder socialista] cometeu a imprudência de se deixar associar ao Syriza e agora paga a factura desse erro. A Grécia é um pesadelo para o PS”.

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