Intervenções no litoral devido ao mau tempo deverão receber 10 milhões de euros

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Barbara Raquel Moreira

O Governo prevê precisar de 10 milhões de euros para as intervenções necessárias no litoral na sequência dos recentes temporais que provocaram a destruição de infra-estruturas de apoio balnear e da própria costa, nomeadamente com o desaparecimento da areia de muitas praias.

O cálculo foi feito esta quinta-feira pelo ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, que no final da reunião do Conselho de Ministros apresentou também um plano especial para promover a reabilitação urbana. Jorge Moreira da Silva especificou que esses 10 milhões serão verba “adicional” às intervenções que estavam já planeadas para realizar durante este ano ao longo da costa portuguesa, ao abrigo do Plano de Acção de Intervenção do Litoral.

Este valor é ainda uma estimativa e Jorge Moreira da Silva prometeu para breve um valor concreto, depois de estar concluído o levantamento das intervenções que é necessário fazer para reparar os estragos (ou pelo menos boa parte) provocados pelo mau tempo das últimas semanas.

“É uma necessidade adicional de disponibilidade financeira na ordem dos 10 milhões de euros. Estamos a encontrar fontes de financiamento para muito rapidamente lançar novos concursos para intervenções adicionais, para obras necessárias no curto prazo”, afirmou o ministro. “Não pode deixar de haver soluções”, reforçou.

O Plano de Acção de Intervenção do Litoral tem um orçamento na casa dos 300 milhões de euros distribuídos por 303 intervenções ao longo de todo o litoral. Parte delas já estão em curso e acabaram por ser atrasadas com os recentes temporais. O que há a fazer agora é avaliar os prejuízos e identificar o que é preciso fazer a mais, para que essas intervenções estejam prontas “a tempo da próxima época balnear”, que começa dentro de três meses.

Moreira da Silva aproveitou para alertar que “o que está em causa em Portugal não pode ser matéria de curto prazo ou apenas do litoral”. O ministro com a pasta do Ambiente fez questão de vincar que a actual mudança climática “não é ficção científica” e que Portugal foi identificado como um dos países da União Europeia que corre “maior risco” com tal mudança. “Precisamos de soluções”, avisou Moreira da Silva.

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