Governo pode cortar quatro mil efectivos nas Forças Armadas

Documento de trabalho do Ministério da Defesa Nacional prevê redução de 38 mil para 30 mil até 2020.

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Daniel Rocha

O Governo tem em discussão uma série de medidas de reforma das Forças Armadas que incluem a redução dos actuais 38 mil efectivos para 30 mil até 2020.

Um documento de trabalho sugere uma redução de quatro mil efectivos até final de 2015 e prevê medidas de racionalização, entre elas a centralização das compras do Ministério da Defesa e dos ramos e a criação de uma reserva militar operacional.

O dispositivo territorial das Forças Armadas, segundo o documento, deverá também ser reduzido em 30% e esta redução seria conseguida através do congelamento de entradas e da criação de uma reserva operacional.

A reserva operacional prevê que os militares que a integrem, até aos 35 anos, recebam uma verba anual (equivalente a um salário mínimo ou outro valor) e ficam sujeitos a um período de treino e à disciplina militar.

Outras das medidas de contenção prevêem uma redução de 30% do pessoal civil até 2015 e de 30% no parque de viaturas ligeiras.

Uma outra possibilidade é os militares na reserva (com mais de 55 anos) fazerem trabalho nas unidades.

É igualmente admitida a hipótese de o recrutamento ser feito através de um único órgão, dependente do ministério, a reorganização do Ensino Superior Militar apenas numa Academia (hoje existem três).

De acordo com o semanário Expresso, estas e outras medidas equivalerão a um corte de cerca de 200 milhões de euros.


 

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