Governo dos Açores pede audiências ao PR e PM sobre Base das Lajes

Socialista Vasco Cordeiro diz que eventual decisão de redução da presença americana tem impacto na economia regional.

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Vasco Cordeiro está preocupado com trabalhadores da Base das Lajes Paulo Pimenta

O novo presidente do governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, pretende abordar a intenção dos Estados Unidos de reduzirem a sua presença na Base das Lajes nas audiências que já solicitou ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro, para apresentação de cumprimentos.

“Uma decisão com esse impacto social e na economia da Região acarreta a responsabilidade, por parte de quem beneficiou da utilização de instalações nos Açores, de também curar do impacto económico e social deste tipo de decisão”, declarou esta segunda-feira Vasco Cordeiro, em Ponta Delgada.

O governante açoriano entende também que a decisão manifestada pelos norte-americanos a Portugal implica que os “Estados Unidos tenham a responsabilidade de criar as condições para que seja possível lidar com o impacto social e económico dessa redução. Só esse comportamento é que respeitará o espírito do Acordo de Cooperação e Defesa”.

Cordeiro revelou que o governo dos Açores “não esteve presente em nenhuma reunião onde tivesse ouvido dos Estados Unidos esse plano de redução”, tendo apenas sido informado das intenções norte-americanas por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Na última segunda-feira, 19 de Novembro, os Estados Unidos comunicaram a Portugal a intenção de reduzir a sua presença na Base das Lajes e, na quarta-feira, dia 21, o Governo português comunicou essa intenção ao Governo dos Açores.

“Desse ponto de vista, julgo que é essencial que as autoridades nacionais dêem conta o mais rapidamente possível dos exactos termos e contornos desse plano aos trabalhadores portugueses da Base”, adiantou Vasco Cordeiro, ao realçar que “não é ao Governo dos Açores que compete esta tarefa por vários motivos, de entre os quais releva o facto de o Governo dos Açores não ter ouvido esse plano da parte das autoridades norte-americanas”. Nesta, como noutras matérias, o papel do executivo açoriano “não é ser o porta-voz do Governo da República junto dos trabalhadores da Base das Lajes. É ser exactamente o porta-voz dos trabalhadores da Base das Lajes e das suas famílias junto do Governo da República”, sublinhou.

 

 
 

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