Congresso Democrático das Alternativas quer "vencer a crise com o Estado Social"

Subscritores criticam as medidas anunciadas pelo Governo e vincam o papel do Estado Social como veículo de desenvolvimento.

Manuel Carvalho da Silva, ex-secretário geral da CGTP, defendeu esta segunda-feira que as medidas apresentadas por Passos Coelho não representam uma efectiva poupança mas sim “um golpe profundo no Estado Social”.

 

Na antecâmara da Conferência de 11 de Maio, que irá reunir os subscritores da convocatória do Congresso Democrático das Alternativas (CDA), Manuel Carvalho da Silva considerou que está em curso uma “harmonização no retrocesso” que levará à “destruição do Estado Social”.

O ex-líder da CGTP vincou que, ao contrário do que o Governo diz, existem alternativas às medidas que foram propostas e relembra que o regresso aos mercados não é uma alternativa ao segundo resgate. Para Carvalho da Silva, o tão desejado regresso está a ser desenhado “debaixo de um fundamentalismo financeiro” que tornará o país ainda mais dependente.

As críticas genéricas ao executivo de Passos Coelho foram ganhando forma, e nomes, ao longo da conferência de imprensa que teve lugar esta segunda-feira no Hotel Lutécia, em Lisboa. Carvalho da Silva falou de Paulo Portas que, procurando afirmar-se “como estadista de crédito nacional” está a pôr a descoberto a “fragilidade do Governo”. Para o sindicalista, as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros – que se seguiram ao anúncio dos novos cortes, não passam de uma encenação para Paulo Portas preparar o futuro e sair com alguma credibilidade.

Carvalho da Silva também não deixou passar em claro a ausência de declarações do Presidente da República e considerou que só porque Cavaco da Silva “deixou de exercer funções” é que o primeiro-ministro faz um anúncio e depois “vem um dos seus ministros fazer apreciações”.  

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