Assembleia Municipal de Lisboa “curva-se perante a morte de Maria Barroso”

Voto de pesar pela morte de antiga primeira-dama aprovado por unanimidade.

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira um voto de pesar pela morte de Maria Barroso, “uma mulher forte” que “deixa um sentimento de orfandade em todas e todos quantos tiveram o privilégio de com ela privar” e sobretudo “uma marca indelével na História de Portugal - o país que tanto amou e tanto a amou”.

O voto, da autoria da presidente da assembleia municipal e dos deputados do PS e dos Cidadãos por Lisboa, foi subscrito por todos os deputados municipais e aprovado por unanimidade. À votação seguiu-se um minuto de silêncio e, por sugestão de Helena Roseta, uma salva de palmas.

“A Assembleia Municipal de Lisboa curva-se perante a morte de Maria Barroso”, diz-se no voto, no qual se delibera recomendar à câmara que preste a Maria Barroso “as devidas homenagens, contribuindo para que o seu nome e o exemplo da sua vida fiquem condignamente ligados à memória da cidade de Lisboa”.

Na sua “homenagem a uma mulher forte”, a assembleia municipal lembra que Maria Barroso foi uma “grande lutadora da liberdade contra todas as formas de tirania”, sublinhando que durante dez anos foi primeira-dama de Portugal, “papel que exerceu com brio e dignidade, continuando a lutar pelos valores da família e da liberdade, bem como contra todas as formas de racismo, xenofobia, antissemitismo e exclusão social”.

“Franzina e de pequena estatura, Maria de Jesus era capaz da maior coragem e de total dedicação, não apenas à família, mas a todos os seus compatriotas e às causas que abraçou com determinação e persistência”, afirma-se. O voto de pesar termina dizendo que Maria Barroso “deixa sobretudo uma marca indelével na História de Portugal - o país que tanto amou e tanto a amou, por ver nela uma mulher forte, que ficará para sempre como uma grande referência cultural, republicana e democrática do século XX português”.

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