Cartas à Directora

Era bom que não fosse preciso

Já não é a primeira vez que leio sobre a importantíssima ação da Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa, que é a de garantir uma presença amiga no funeral de tantos que são aqueles que não têm sequer um único elemento da família neste momento da sua passagem por este mundo, porque também não o tiveram em vida...
O Público noticiou ontem que foram seis as crianças que tiveram este ano um funeral graças à Irmandade. Foram seis crianças cujos corpos pequeninos não foram reclamados. Disse o provedor da instituição que "as crianças são de tenra idade, normalmente abandonadas pelos pais ou que são encontradas em caixotes do lixo. Não são nados-mortos, mas idades muito tenras ainda"... Temos aqui nestas situações um motivo muito forte de indignação a que não podemos ficar indiferentes. O que pode cada um de nós fazer?

Céu Mota, Sta Maria da Feira
 
Zeinal Bava,  O condecorado

Zeinal Bava, foi condecorado pelo Presidente da República Cavaco Silva, em 10 de Junho de 2014, com a grã-cruz da Ordem de Mérito empresarial.

Enquanto os administradores da PT (Zeinal Bava, Henrique Granadero, etc.), ganharam 110 milhões de euros nos últimos dez anos, a empresa desvalorizou-se 80%.

Zeinal Bava, após 18 meses à frente da Oi, saiu com um cheque de 5,4 milhões de euros. Calcula-se que terá ganho cerca de 50 milhões de euros desde a PT até à sua saída agora da  Oi.

O antigo administrador da PT, Murteira Nabo, afirmou  (RTP) que não acreditava que Zeinal Bava e Henrique Granadero fossem ingénuos no negócio que envolveu o Grupo Espírito Santo e deixou a PT em maus lençóis.
Em Junho de 1995 inicia-se a privatização da PT, passando para o sector privado 27,26% do seu capital, era 1.º ministro Cavaco Silva/PSD. Depois, com António Guterres/PS como 1.º ministro, prosseguiu a privatização dessa empresa estratégica, em 1996 (mais 21,24% do seu capital), 1997 (75% do capital da PT passa a ser privado), 1999 (mais 13,5%) e em 2000 foi a privatização total.

Zeinal Bava não pode ter sido condecorado por serviços prestados ao País, uma vez que só tratou da sua vidinha e da dos seus amigos.

Ernesto Silva, V.N.Gaia

O serviço militar obrigatório

Fui um dos poucos neste país que, tal como aconteceu agora com a reforma do mapa judiciário, lutei e escrevi contra o fim do serviço militar obrigatório por quatro razões: 1) O fim do serviço militar obrigatório iria tornar extremamente dispendioso para o Orçamento de Estado o serviço militar (como agora é uma evidência); 2) O serviço militar obrigatório era essencial para a formação cívica dos jovens portugueses, sobretudo num país onde os naturais se caracterizam pela indisciplina e pela ausência total de espírito de grupo, espírito de missão e sentido do dever; 3) O serviço militar obrigatório é praticamente o único cimento da nação portuguesa; 4) O serviço militar obrigatório é uma peça essencial no equilíbrio da economia portuguesa, na medida em que é um meio barato e útil de combater o desemprego jovem. Se em vez de sermos governados por gente ansiosa por pôr em prática ideias parvas mal assimiladas, fôssemos governados pelos alentejanos que deixam correr o tempo à sombra das azinheiras, não precisávamos de passar a vida a consumir recursos e energias a reconstruir o que destruímos.

Santana-Maia Leonardo, Abrantes

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