Cartas à Directora

O “Brexit” aconteceu, a Europa acabou

Contra as mais recentes expectativas, o “Brexit” aconteceu. Por “medo” nosso de “acabar por décadas e décadas“, com o que ainda resta (restava) da (Des)União Europeia, fomos “falando alto” para convencer o Reino Unido a não sair da Europa.

E, até, dando-lhe prerrogativas especiais, por serem diferentes, como sempre foram, até conduzem ao contrário do resto da Europa, e não resultou, saiu. E o primeiro responsável directo será o ainda PM, David Cameron, mas claro que a Europa, a Alemanha, a França e não só, são os grandes culpados.

Isto, principalmente num tempo em que os políticos não têm qualquer carisma e vão para a política – unicamente – para terem emprego e para estarem sempre a aparecer nos media, tudo ajudou a que o primeiro país deixasse, de facto, a Europa. (…)

O que se seguirá? Le Pen a querer fazer o mesmo numa França onde “um” PR pior seria difícil? Na Catalunha, com os seus eternos gritos de independência? A Holanda, e por aí adiante, tudo a querer ficar supostamente “soberano”?

A Economia nunca deveria ser tudo o que nos governa e orienta, mas está a sê-lo. A Política deveria ser feita por Políticos a sério, e isso não está a acontecer.

E todos, seja nas governações, seja nas oposições, que nestes últimos 20/25 anos de intensa desconstrução de um projecto Europeu – que nasceu genuinamente no fim da II Guerra Mundial e está a cair peçamos a peça, país a país – têm “culpa”, todos. (…)

Augusto Küttner  de Magalhães, Porto

Que a sorte esteja connosco

Com a primeira fase de grupos, desta XV Edição do Euro 2016-França, já resolvida e com as 16 selecções já apurados e devidamente conhecidos os "acasalamentos" dos jogos das selecções apuradas, vamos entrar assim na 2ª. Fase desta competição, isto é, nos oitavos-de-final. E, vamos lá a ser honestos, a selecção nacional de futebol, lá acabou por ser apurada, tendo ficado no 3º. lugar do grupo F, que graças à vitória da Islândia frente à Áustria por 2-1, nos vai permitir não calhar no grupo dos chamados "monstros ou os habituais papões" do futebol, como são os casos da, Alemanha; Espanha; França; Inglaterra e Itália. E numa análise feita e num primeiro ranking das selecções apuradas, ficámos num modesto 15.º lugar, mas contudo fomos apurados o que nos permite continuar e sonhar com a tão ambicionada chegada à final no próximo dia 10 de Julho, em Paris no Saint-Denis, mas, com um pouco de sorte, é verdade, essa mesma sorte que efectivamente foi madrasta e nos faltou, em especial no jogo com Áustria, mas lá passamos à tangente, para a chamada fase do mata-mata.
Efectivamente um dos primeiros objectivos foram alcançados, que é a presença nos oitavos-de-final desta competição, e, assim a selecção portuguesa irá estar mais uns dias em terras de Victor-Marie Hugo que foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e activista pelos direitos humanos franceses, de grande actuação política no seu país a França.
Vamos lá agora esperar que a nossa "rapaziada", repouse, suficientemente, quer fisicamente, quer mentalmente (...) para quando defrontarmos a Croácia (no qual será o IV encontro entre as duas selecções, sendo o saldo de 3 jogos e três vitórias, a favor de Portugal e um saldo de golos de 6-0) sejam suficientes e se apresentem com uma outra atitude e um pouco de mais sorte, que é tão importante e também faz parte dos campeões.

Vamos selecção portuguesa, com humildade, trabalho, determinação, vontade e união de todos aqueles que fazem parte desse grupo, sermos mais fortes e capazes de pudermos ultrapassar este adversário e passarem esta fase e continuarem a vossa caminhada…o mais longe que possam conseguir, para chegarem a um lugar que honre a língua de Luís de Camões e os portugueses de cá e em especial os nossos emigrantes.

Mário da Silva Jesus, Odivelas

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