Cartas à Directora

Leitores de jornais

Leitores que escrevem para os jornais encontraram-se pela segunda vez no dia 28 de Março de 2015, na Casa do Concelho de Tomar, Lisboa. Passaram o dia à volta de perguntas, como esta: "porque escrevemos para os jornais?".

Na variedade das motivações próprias, houve unanimidade: escreve-se para dar opinião, de muitos géneros e temas, mas, fundamentalmente, com intenção cívica e política.

Os espaços que alguns meios de comunicação cedem aos leitores são um lugar privilegiado onde o cidadão pode, em liberdade, partilhar ideias, a sua visão do mundo, os seus problemas, as coisas belas, as expectativas, os desencantos, os impropérios que apetece dizer, educadamente. Quando escreve para o jornal, o leitor intervém directamente e sem filtros no escrutínio e exame do pulsar da “vida pública”.

Na realidade, só podemos congratular-nos com a oportunidade dos jornais editarem os textos do único comentador público verdadeiramente pro bono: o leitor comum que escreve para os jornais. Este não está arregimentado a interesses de grupo e conveniência. Escreve para dizer o que sai de si mesmo, num impulso absurdamente genuíno.

E será talvez nisso, por ser comum e falar de forma comum sobre as suas inquietações, que reside o interesse da sua publicação: porque fala na mesma linguagem do real que é o espaço-tempo convivido entre toda a comunidade.

Este II Encontro de Leitores, andou assim às voltas com este tema central: quando as sociedades democráticas vivem as crises normais nas instituições que enformam a própria democracia, os meios de comunicação são o último escape da liberdade das pessoas, o derradeiro garante da palavra.

Eis a razão que anima os leitores que leem e escrevem para os jornais e pedem mais espaço de expressão: porque os meios só ganham com isso, porque motivam outros a intervirem, e assim fidelizam ainda mais a sua relação com o seu jornal, porque passam a palavra de quem os recebe bem, animando outros a virem.

É por isso que todos assinamos por baixo:

Artur Piedade, Betâmio de Almeida, Carlos Leal, Céu Mota, Clotilde Moreira, Cristiane Lisita, Duarte Dias Silva, Francisco Ramalho, Guilherme Duarte, Gustavo Cudell, Joaquim Tapadinhas, José Rodrigues, Luís Robalo, Miguel Correia, Raul Fernandes, Ricardo André, Santana-Maia Leonardo e Vítor Colaço Santo

Atitude e Capacidade

A nossa atitude é mais importante do que a nossa capacidade, mas quando se conjuga a nossa atitude com a nossa capacidade, conseguimos grandes feitos e ajudamos a escrever a história.

Depois de ter ultrapassado um milhão de teus em 2014, ter atingido um número recorde na movimentação de Teus de um só navio em Janeiro de 2015, mais uma vez o Porto de Sines fica na história com a chegada de um dos maiores navios porta contentores do mundo.

Com um comprimento de 397.71 metros, Evelin Maersk fez escala em Sines no dia 22 de Março de 2015, confirmando assim a vocação de Sines para a recepção de grandes navios e movimentar todas as cargas, o que posiciona o Porto alentejano como referência mundial.

A escala de navios da Maersk em Sines, decorre do acordo 2M que envolve a partilha de carga contentorizada por dois dos maiores armadores mundiais, Maersk e Mediterranean Shinping company, e as escalas dos chamados Triple E, Economic, Eficient Ecológic, é uma mais-valia para Sines, porque permite o desenvolvimento e das excelentes condições do Porto de Sines.

Américo Lourenço, Sines

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