Cartas à directora

Paguemos o jornalismo

O PÚBLICO adoptou um novo sistema de pagamento de conteúdos digitais a partir de hoje. Este passo já poderia ter sido dado há mais tempo mas, como diz o ditado, mais vale tarde…  Um dos motivos pelos quais o jornalismo enfrenta esta crise deve-se ao facto de os próprios jornais oferecerem online o seu trabalho aos leitores. Este mau hábito do acesso gratuito a notícias contribuiu para a quebra nas vendas das edições em papel. O jornalismo é um trabalho como os outros e tem de ser pago. E nós, sociedade, temos de ser os primeiros a concordar com isso. A informação é a nossa maior arma e devemos a todos os jornalistas o nosso respeito. 9,99€ de assinatura mensal digital para aceder a notícias, reportagens, cultura e afins? É de borla. Invertamos a situação e salvemos o jornalismo.

Rute Soraia Calaveiras Simão, Castelo Branco

 

Liceu Camões

O emblemático Liceu Camões, em Lisboa necessita de obras de reparação como milhares de habitações de reformados em Portugal. O Liceu Camões, com mais de 100 anos,  tem sido um lugar de partilha de diferentes conhecimentos e ramificações de amizade. As casas dos idosos que não puderam estudar continuam a ser focos de irradiação de afetos . Miguel Beleza, Garcia Pereira e João Semedo, entre muitos outros, representam diferentes sensibilidades políticas, variando em diversas áreas as soluções para a resolução dos problemas nacionais que afectam os reformados portugueses, e com eles os netos que poderão frequentar o Liceu Camões. O Coliseu dos Recreios acolheu concerto solidário dirigido a recolha de fundos para o Liceu. O Coliseu esgotou na corrente solidária de defesa do património que o estabelecimento de ensino representa. A sociedade civil pode fazer a diferença na procura de soluções para os problemas nacionais.  Assim o tentam fazer milhares de pequenos empresários portugueses, entretanto sufocados pelo apoio do governo aos grande capital. Um Coliseu dos Recreios a abarrotar na defesa dos sem abrigo, dos idosos que vivem isolados, das crianças abandonadas, com o apoio de Miguel Garcia e Semedo. Que beleza!

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

Calçada portuguesa, o princípio do fim?

Li com muita atenção o artigo com este título no “PUBLICO” de 12/11/13. Quero felicitar desde já o seu autor Paulo Ferrero pela forma clara e correcta como aborda o assunto, (calçada portuguesa) com o qual estou completamente de acordo. Afinal não é preciso tratar mal ninguém para dizer as verdades. Como se trata de um assunto que me é particularmente “caro”, gostaria de deixar duas achegas, entre muitas que poderia apontar. Sobre a perigosidade da calçada portuguesa, ela é mais acentuada precisamente nos Bairros Históricos, onde o muito uso a tornou mais lisa e também devido à grande inclinação da maior parte dos passeios, para não falar do mau estado em que em muitos casos se encontra. A outra passa-se em todos os passeios de Lisboa.

É do conhecimento geral, que com muita frequência são abertas valas para reparações, ou colocação de condutas ou cabos diversos. Na maioria dos casos a reposição da calçada é feita de forma anárquica e sem a devida compactação do solo.

O resultado está por aí à vista de todos; passados alguns dias o terreno abate e o perigo é dobrado. Os responsáveis em meu entender, são, desde logo, o empreiteiro que não tem dignidade de mandar executar bem o trabalho e a Câmara Municipal porque não fiscaliza. Cuidado; não arranjem desculpas para matar a calçada portuguesa.

Guilherme da Conceição Duarte, Lisboa

 

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