Na estrada, pelas praias do desembarque na Normandia
Três homens e uma cadela, de Bruxelas a Lisboa, com o objectivo de, pelo caminho, aportar nas praias do desembarque aliado durante a Segunda Guerra Mundial. Pelo meio, visitaram-se catedrais góticas, comeram-se ostras, descobriu-se uma preciosidade arquitectónica fundada por descendentes de judeus sefarditas portugueses e falou-se de criptomoedas.
Quando chegou ao cimo da maior duna da Europa, a Luna, um cão de água português, adoptou o comportamento dos lagartos do deserto, com uma diferença e uma parecença. Não teve a destreza milenar de levantar, de cada vez, a pata dianteira direita e a traseira esquerda, e depois as outras duas, para as arrefecer, mas teve igual instinto de sobrevivência. Não mergulhou na areia, como faz o lagarto, oscilando o corpo para fugir ao escaldão das duas da tarde. Em vez disso, com a língua mais do que de fora, começou a escavar para encontrar areia menos quente que lhe desse algum alívio às patas.
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