Inflação: é necessário travar a atividade económica da Área do Euro o quanto antes?

A crise atual e a resposta de política monetária dos bancos centrais do mundo desenvolvido coloca em causa o consenso dominante sobre política monetária.

A taxa de inflação na Área do Euro aumentou para 8,1% em maio. Nos EUA atingiu 8,6% no mesmo mês. Willem Buiter e Anne Sibert, professores na Universidade de Columbia e na Universidade de Londres, respetivamente, numa coluna publicada a 9 de junho na plataforma Project Syndicate, argumentam que os principais bancos centrais do mundo desenvolvido (Reserva Federal, Banco Central Europeu e Banco de Inglaterra) perderam o norte (e o controlo da taxa de inflação). Buiter e Sibert argumentam que a política monetária nessas áreas monetárias e económicas é extremamente expansionista, em contexto de expansão económica, ao invés de ser neutral ou restritiva. Defendem que, para a política monetária se tornar restritiva – focando-se apenas nas medidas da taxa de inflação que excluem os efeitos das componentes de alimentos e energia, mais voláteis, que colocariam a taxa de inflação na Área do Euro, por exemplo, em 3,8%, e admitindo que o PIB estaria ao nível do PIB potencial e não acima deste –, a taxa de juro de referência dos bancos centrais teria de ser superior a 5% na Área do Euro, nos EUA e no Reino Unido.

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