Avião da TAP regressa a Lisboa devido a anomalia num dos motores
Foi diagnosticada uma avaria num dos quatro motores do aparelho. Aterragem foi feita com “tranquilidade”.
Um avião da TAP com destino a Guarulhos, o aeroporto de São Paulo, no Brasil, teve de regressar esta terça-feira ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, por “precaução”, confirmou André Serpa Soares, da direcção de comunicação da TAP.
Enquanto o aparelho sobrevoava o Oceano Atlântico, ainda próximo de Portugal, foi diagnosticada uma avaria num dos quatro motores que fazem parte da estrutura do avião. O aparelho saiu de Lisboa às 10h34, com 177 passageiros a bordo e 11 tripulantes; entretanto, conta o assessor da TAP, já foi agendado um novo voo para esta terça-feira, para fazer o transporte dos passageiros até ao Brasil.
A aterragem do voo TP89 foi feita por volta das 12h30 "com total tranquilidade", não tendo havido necessidade de se proceder a uma “aterragem de emergência”, refere André Serpa Soares.
O avião era um dos quatro A340-300 que foi objecto de uma autorização pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) para extensão de vida útil, concedida em Julho de 2016. O assessor da TAP confirma a informação mas adianta que não existe qualquer “relação de causa-efeito” entre a avaria e essa autorização, tratando-se de uma “coincidência”. “A TAP não ia voar com aviões que não cumpram os requisitos de segurança”, adianta. Os dados registados relativamente ao motor serão agora analisados, de forma a diagnosticar qual a origem da anomalia.
O presidente da ANAC, Luís Silva Ribeiro, afirmou que se “devem separar as águas” sobre as extensões de vida útil dos aviões e avarias em peças. “Uma questão é a certificação de que o avião pode ter as suas horas de operações estendidas, que é dada pelo fabricante, e a única coisa que nós verificámos foi que todas as operações de manutenção a montante (…) foram efectivamente cumpridas pela TAP”, explica o presidente da autoridade, em declarações à agência Lusa.
“Outra coisa é uma avaria de um motor”, prossegue, explicando que os “motores são peças completamente autónomas”, sujeitas a contratos de gestão igualmente autónomos.