Criada Rede de Incubadoras de Base Tecnológica no Alentejo

A primeira iniciativa da nova rede é o lançamento do Concurso de Ideias - "Call for Alentejo incubators network", dirigido a jovens empreendedores e com um montante global de 100 mil euros em bolsas.

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Rui Gaudencio

Seis entidades do Alentejo que têm incubadoras de empresas de base tecnológica vão trabalhar em rede, num projecto com apoios comunitários, para estimular a criação de novos negócios e a fixação de emprego qualificado na região.

O projecto assenta na criação da Rede de Incubadoras de Base Tecnológica do Alentejo, que vai ser apresentada na segunda-feira, em Évora, e é liderado pelo Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA), sediado naquela cidade.

Os institutos politécnicos de Beja e de Portalegre, a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL), o Núcleo Empresarial da Região de Évora (NERE) e a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) são as outras entidades parceiras.

O responsável do PCTA, Rui Pingo, explicou esta sexta-feira à agência Lusa que a rede de incubadoras, que "já está a funcionar informalmente", mas vai agora "ser apresentada oficialmente", está incluída na 1.ª fase do projecto, cuja candidatura, a rondar "os 700 mil euros", foi aprovada pelo programa operacional Alentejo 2020.

"Como estamos numa região que tem pouca gente e muito território, temos de actuar todos de 'mão dada' e, por isso, organizámos este grupo e fizemos uma candidatura a fundos comunitários, que foi aprovada", disse.

As seis entidades do Alentejo envolvidas nesta 1.ª fase do projecto, nos distritos de Évora, Beja e Portalegre, possuem incubadoras de empresas de base tecnológica e, na nova rede, vão poder trabalhar de forma concertada.

"A rede vai permitir-nos ter uma gestão e imagem comuns para actuarmos em todo o território. Criámos também uma marca própria, que vai funcionar como um 'selo' de garantia e de qualidade", referiu Rui Pingo.

O objectivo da parceria, realçou, passa por "criar novas empresas da área tecnológica e dinamizar a fixação de emprego qualificado" no Alentejo, ou seja, contribuir para que "as pessoas que acabam licenciaturas, mestrados e doutoramentos não tenham de sair da região" e possam "concretizar as suas ideias de negócio".

A primeira iniciativa da nova Rede de Incubadoras de Base Tecnológica do Alentejo é o lançamento do Concurso de Ideias - "Call for Alentejo incubators network", dirigido a jovens empreendedores e com um montante global de 100 mil euros em bolsas.

"O concurso quer incentivar ideias novas" por parte de empresários "que queiram começar a dar os primeiros passos" e fixar os seus negócios tecnológicos "numa das incubadoras das entidades que integram o projecto", precisou Rui Pingo, revelando que, no final de 2017, será lançada nova edição deste concurso.

No próximo ano, a rede vai ser alargada e passar a incluir a Universidade de Évora, o Sines Tecnopolo e o Instituto Politécnico de Santarém, no âmbito da 2.ª fase do projecto, cuja candidatura, a rondar 1,2 milhões de euros, também já foi aprovada pelo programa Alentejo 2020, o que garante 85% de comparticipação comunitária.

"Além dos três novos parceiros, queremos que as autarquias do território que têm incubadoras de empresas se associem ao projecto, para que, quando uma empresa de base tecnológica se quiser instalar na região, tenha centros de acolhimento, saiba quais as condições para se fixar e encontre uma estratégia comum", frisou o director do PCTA.

As seis entidades da 1.ª fase do projecto, afirmou Rui Pingo, têm incubadoras onde existem, no global, "à volta de 80 empresas presenciais e mais cerca de 150 em regime de incubação virtual".

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