Maratona encerra a participação portuguesa

Ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad morreu após queda violenta na prova de estrada das classes C4 e C5.

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Peter Genyn celebra a vitória nos 400m T51, prova em que o português Hélder Mestre foi sétimo Jason Cairnduff/Reuters

Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro chegam neste domingo ao fim e a participação portuguesa conclui-se com a maratona masculina, onde estarão Gabriel Macchi, Jorge Pina (ambos na classe T12) e Manuel Mendes (T46). Será a última oportunidade para o atletismo nacional juntar uma medalha ao bronze obtido por Luís Gonçalves nos 400m T12.

No penúltimo dia de competições no Rio 2016 – marcado pela morte do ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad, após uma queda violenta durante a prova de estrada das classes C4 e C5 – o português Luís Gonçalves falhou a presença na final dos 200m ao terminar com o sétimo tempo da meia-final. Após ter conseguido a sua melhor marca do ano nas eliminatórias (22,83s), o atleta português fez 22,98s na meia-final e ficou afastado da corrida pelas medalhas. “Estou satisfeito, acho que não me podem exigir mais”, afirmou o atleta, acrescentando: “Levou-se daqui uma medalha que, infelizmente, é para já a única do atletismo”.

Antes, Carolina Duarte e Hélder Mestre estiveram nas finais dos 400m T13 e T51, respectivamente, terminando em sétimo e oitavo lugar. “Acho que parti muito rápido e depois paguei a factura”, lamentou Carolina Duarte, que cortou a meta em 58,52s – a quase dois segundos da terceira classificada, a ucraniana Leilia Adzhametova. “Saio com recorde pessoal nos 100m, nos 400m também queria, mas não consegui. Em Tóquio é para as medalhas”, acrescentou a atleta portuguesa, que antes de o seu problema de visão se ter agravado representou a selecção lusa de atletismo regular.

Na final dos 400m T51, classe para deficientes motores que correm em cadeiras de rodas, o belga Peter Genyn impôs-se com recorde paralímpico (1m20,82s), dez segundos mais rápido do que o português Hélder Mestre, sétimo e último classificado. “Foi abaixo das minhas expectativas. Queria ver se chegava ao meu recorde pessoal, que está nos 1m28s. Até aos 200 metros consegui gerir o esforço, mas na recta final tive de andar a corrigir o esforço e isso atrasou-me”, explicou o atleta português.

David Carreira fechou com um 13.º lugar nas eliminatórias dos 200m estilos SM8 a participação nacional nas provas de natação. O nadador português de 26 anos foi sétimo e último na segunda das três eliminatórias, com uma marca de 2m45,23s.

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