Uma hora convincente e meia-hora suficiente

Nani e Cristiano Ronaldo fizeram os golos da selecção portuguesa diante da Bélgica, líder do ranking da FIFA. Equipa nacional só volta a jogar em Maio na preparação para o Euro 2016.

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Nani marcou o primeiro golo da selecção portuguesa FRANCISCO LEONG/AFP

Quatro dias depois de uma derrota embaraçosa diante da Bulgária (0-1), a selecção portuguesa restabeleceu a sua imagem com um triunfo (2-1) sobre a Bélgica, primeira classificada no ranking da FIFA. Numa partida realizada uma semana após os atentados que fizeram 35 mortos, em Bruxelas, e que obrigaram à mudança do jogo da capital belga para Leiria, a equipa de Fernando Santos conseguiu ser convincente — pelo menos durante uma hora, o tempo que Cristiano Ronaldo esteve em campo. Na meia hora final a selecção perdeu fulgor, mas resistiu e segurou o 11.º triunfo em 16 jogos sob o comando de Santos (dez deles pela diferença mínima).

Tal como tinha acontecido frente à Bulgária, Portugal teve um início forte mas, desta vez, contou com a eficácia necessária para transformar em golos as oportunidades criadas. Com seis novidades no “onze” — só Pepe, Adrien Silva, João Mário, Nani e Cristiano Ronaldo mantiveram a titularidade — a equipa nacional dominou perante uma Bélgica desfalcada de algumas das suas principais figuras.

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Courtois começou por ser o protagonista, mas aos 20’ foi impotente para travar o remate de Nani, que surgiu em excelente posição, após passe de André Gomes.

Nesta fase, a Bélgica era praticamente inofensiva e a selecção portuguesa não tirou o pé do acelerador. João Mário teve o segundo golo nos pés, mas, após receber a bola de Cristiano Ronaldo, perdeu a oportunidade para rematar e, perante a oposição de Courtois, não conseguiu criar perigo (31’).

Passados alguns minutos, a combinação foi a inversa e resultou no 2-0: João Mário fez o cruzamento e Cristiano Ronaldo finalizou de cabeça, apontando o seu 56.º golo pela equipa nacional na 125.ª internacionalização.

A superioridade da equipa portuguesa manteve-se no início da segunda parte, com Cristiano Ronaldo a errar o alvo logo aos 51’: Gillet falhou à entrada da área e deixou a bola à mercê do capitão da selecção, só que o remate foi ao lado.

Mas a tendência do jogo iria mudar à medida que Fernando Santos fez alterações na equipa. O seleccionador começou por retirar Adrien Silva e João Mário ao intervalo, e depois Nani e Cristiano Ronaldo, aos 61’. E a selecção ressentiu-se disso quase imediatamente. Depois de um disparo fortíssimo de Nainggolan, que obrigou Rui Patrício a uma grande defesa, a Bélgica reduziu a desvantagem no marcador aos 62’, com Romelu Lukaku a colocar um ponto final na “seca” de golos ao serviço da selecção, que durava desde Novembro de 2014. O avançado do Everton correspondeu à assistência do seu irmão Jordan, que entrara pouco antes.

Sem Nani e Cristiano Ronaldo no ataque, a selecção portuguesa deixou de incomodar Courtois. A Bélgica também não fez o suficiente para marcar mais qualquer golo e confirmou-se o sexto triunfo português num historial de 17 encontros com os belgas.

 

 

 

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