Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, já tinha dado a notícia e, ontem, foi o Sporting a confirmá-la: André Carrillo vai ser jogador do Benfica a partir de 1 de Julho de 2016, tendo assinado um contrato de cinco temporadas com os “encarnados”. Em comunicado, a SAD “leonina” revela que foi “formalmente informada pelo Benfica” de que tinha contratado o jogador peruano, cujo contrato com os “leões” termina no final da presente temporada. Para já, nem Benfica, nem André Carrillo anunciaram publicamente a mudança.

Está, assim, confirmado um desfecho já há muito anunciado. Se o divórcio entre Sporting e Carrillo era irreversível há vários meses — o jogador está sob a alçada da disciplina interna do clube —, faltava apenas a confirmação final do seu destino seguinte. E esse destino acabou por ser o Benfica, depois de ter chegado ao Sporting em 2011, com apenas 19 anos, proveniente do Alianza Lima.

Na nota em que divulgou a mudança de Carrillo para o rival da capital, o Sporting remeteu para um comunicado de Outubro passado em que acusava o jogador (e o seu empresário, Elio Casareto) de má-fé e em que fazia um historial dos avanços e recuos no que diz respeito ao processo nunca concluído de renovação de contrato.

Com o processo disciplinar ainda a decorrer, é pouco provável que Carrillo volte a vestir a camisola do Sporting durante os próximos cinco meses. Para trás, ficam quatro épocas e pouco de “leão” ao peito em que Carrillo prometeu muito, mas sem uma consistência exibicional. Só na época anterior é que se afirmou de forma indiscutível e, no início da presente temporada, assumiu-se como jogador fundamental para Jorge Jesus — o técnico do Sporting chegou, inclusivamente, a fazer uma tentativa para convencer Carrillo a renovar contrato. O extremo ainda fez sete jogos nesta época (marcou um golo), cumprindo a sua última aparição frente ao Rio Ave, a 13 de Setembro do ano passado.

Contratado por Godinho Lopes em Maio de 2011, Carrillo fez um total de 162 jogos pelo Sporting, tendo marcado 16 golos. Foi uma das primeiras contratações do antecessor de Bruno de Carvalho na presidência “leonina” e também um dos últimos resistentes. Neste mercado de Inverno, saíram os que ainda restavam: Marcelo Boeck seguiu, por empréstimo, para os brasileiros do Chapecoense; Labyad foi cedido ao Fulham; Viola transferiu-se para o Mouscron. No Verão, já tinham saído Miguel Lopes (Granada), Diego Rubio (Valladolid) e Diego Capel (Génova).