Açores e Madeira querem fortalecer laços económicos

As duas regiões autónomas querem passar das palavras aos actos. Sem esquecer a necessidade de falarem a uma só voz em Lisboa e em Bruxelas, pretendem reforçar a cooperação económica.

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Miguel Albuquerque pode aparecer nos Panama Papers DR

Os Açores e a Madeira querem reforçar a cooperação económica, sem esquecer a afirmação conjunta em Lisboa e em Bruxelas enquanto regiões ultraperiféricas.

Vasco Cordeiro, presidente do governo regional dos Açores, vincou este domingo, em São Miguel, no decorrer da X Cimeira Atlântica, que o relacionamento entre os dois arquipélagos, até agora mais centrado nos problemas comuns próprios de regiões ultraperiféricas, deve evoluir para um plano económico.

“Aquilo que, ao longo desta visita, espero que se concretize é a perspetiva de que as regiões têm a ganhar, não apenas se falarem em função das suas necessidades de afirmação externa, mas também se fortalecerem essa ligação no plano económico”, salientou o chefe do executivo açoriano, no segundo dia do encontro entre os Açores e a Madeira.

Miguel Albuquerque, presidente do governo madeirense, subscreve a ideia, e aponta caminhos. “Temos que melhorar a quota de mercado dos laticínios e dos queijos dos Açores na Madeira. É preciso fazer um trabalho, quer a nível, por exemplo, do abastecimento das escolas, dos hospitais, onde, obviamente, a nossa preferência seria sempre pelos produtos açorianos, para além de serem melhores, nós temos que ajudar as respetivas economias das ilhas”, afirmou aos jornalistas.

O segundo dia da cimeira, a primeira desde 2007, saldou-se pela celebração de 10 protocolos de cooperação, que serão assinados segunda-feira na ilha Terceira, último dia desde encontro histórico, que termina com uma declaração conjunta de Cordeiro e Albuquerque.

Saúde, protecção civil, aquicultura e pescas, construção civil, ambiente, artesanato, juventude, cultura e assuntos europeus foram as áreas abordadas pelos dois governos, que pretendem agora reforçar a cooperação.

 

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