Lionel Messi e os outros, a história anunciada da Bola de Ouro 2015

Argentino volta a ser o favorito à conquista do galardão, depois de um ano simplesmente notável do Barcelona.

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Messi é o favorito à conquista da Bola de Ouro PAU BARRENA/AFP

Lionel Messi, regressado ao seu melhor nível num ano de 2015 repleto de títulos ao serviço do Barcelona, sentar-se-á nesta segunda-feira na plateia do Palácio de Congressos de Zurique, na Suíça, com o estatuto de favorito à conquista de mais uma Bola de Ouro. As sombras do argentino serão o suspeito do costume Cristiano Ronaldo e o companheiro de equipa em Camp Nou Neymar.

Nos últimos anos tem sido assim: Messi ou Ronaldo, Ronaldo ou Messi? O argentino levou a melhor em 2009, 2010, 2011 e 2012, o português arrebatou o troféu em 2008, 2013 e 2014. Hoje, a partir das 16h45, a história deverá repetir-se, prolongando um dos duelos mais interessantes do passado recente do futebol mundial.

Ano após ano, acende-se o debate em torno dos critérios utilizados para a escolha definitiva. Deve ser mais valorizado o palmarés colectivo ou o registo estatístico individual, o que equivale a dizer, devem ter mais peso os títulos conquistados ou os jogos, as assistências e os golos apontados? Seja como for, o colégio de votantes (composto por seleccionadores, capitães das selecções e jornalistas) deverá ser sensível ao grande ano que o Barcelona fez, com triunfos para todos os gostos, domésticos e internacionais.

Liga dos Campeões, Supertaça europeia, Liga espanhola, Taça do Rei, Mundial de clubes, foi uma época de sonho — mais uma — para os catalães, que tiveram em Messi e Neymar os melhores marcadores da última edição da Champions, juntamente com... Ronaldo, claro está. Quase sempre decisivo, mesmo quando não faz golos, o astro argentino já disputou 28 finais na carreira, nas quais fez 24 golos.

Se atendermos exclusivamente ao registo pessoal em 2015, a comparação entre Messi e Ronaldo volta a ser marcada pelo equilíbrio: 57 golos e 19 assistências para o avançado do Real Madrid, 53 golos e 27 passes para golo do argentino. A seu favor, a coqueluche do Barcelona tem um hiato competitivo de dois meses, de Setembro a Novembro, por causa de uma lesão no joelho, o que torna os seus números ainda mais valiosos.
O próprio Cristiano já reconheceu, há dois meses, que não acredita que a Bola de Ouro fuja das mãos de Messi, mesmo que o português tenha batido mais um recorde, ao anotar 11 golos na fase de grupos da actual edição da Liga dos Campeões. O handicap de Ronaldo é, como quase sempre, colectivo: o seu Real Madrid voltou a desiludir.

Estreante nesta corrida, Neymar não passará, aos 23 anos, de um espectador atento, provavelmente a ambientar-se a um contexto ao qual terá todas as condições de regressar nos próximos anos. Basta que continue a realizar exibições como a que atropelou o Real Madrid no Santiago Bernabéu (4-0), a 21 de Novembro.

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