Olympiacos tem tudo para travar a invejável série do Arsenal

Campeão grego parte em vantagem na luta pelo segundo lugar do Grupo F da Liga dos Campeões.

Foto
Marco Silva, treinador do Olympiacos Angelos Tzortzinis/AFP

Poucos se atreveriam a prever, por alturas do sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões, que na derradeira jornada do Grupo F o Arsenal estaria ainda a lutar pela sobrevivência. Graças ao entusiasmante trabalho de Marco Silva no Pireu, a verdade é que os “gunners” estão em risco de falhar o apuramento para os oitavos-de-final pela primeira vez nos últimos 16 anos, sendo que uma vitória no efervescente estádio do Olympiacos poderá até nem chegar para evitar o descarrilamento.

O pentacampeão da Grécia tem tudo a seu favor. Uma vantagem pontual assinalável (nove pontos contra seis), uma onda de lesões nos londrinos (que vai desde Arteta a Alexis Sánchez, passando por Cazorla e Welbeck), um público frenético (que vai preencher os cerca de 33.000 lugares do Georgios Karaiskakis) e uma equipa tremendamente motivada (à 13.ª jornada, leva 10 pontos de avanço sobre o segundo classificado da Liga grega e com um jogo a menos).

Ideye Brown, avançado que nesta quarta-feira deverá servir de referência no eixo do ataque do Olympiacos (apoiado por um tridente composto por Sebá, Fortounis e Pardo), resume bem o espírito que se vive em redor de Atenas por estes dias: “Fui com a minha família fazer compras e as pessoas estavam sempre a abordar-nos, para nos dizerem que temos de ganhar”, confidenciou na conferência de imprensa de antevisão da partida.

Marco Silva alinha nessa corrente de pensamento, mas a verdade é que mesmo uma derrota poderá ser vir os interesses do Olympiacos, no que ao apuramento diz respeito. Graças à derrota sofrida em Londres, por 2-3, o Arsenal está obrigado a vencer por outro resultado que não seja o 1-0 ou o 2-1. “[Esse cenário] não terá qualquer impacto na nossa equipa. Não entramos no jogo a pensar que poderemos perder”, garantiu o técnico português, que desvaloriza as ausências do adversário:
“Nós também tivemos baixas importantes e tivemos de estrear jogadores [no Estádio Emirates]”.

Se o campeão grego confirmar a qualificação, logo atrás do Bayern Munique, marcará presença no lote dos 16 melhores equipas da Europa pela oitava vez no seu historial, continuando a época de 1998-99 a ser de maior sucesso na Champions (atingiu os quartos-de-final).

Peso diferente terá para o Gent um eventual apuramento para os oitavos-de-final, já que o campeão belga é um estreante nestas andanças. Para não estar dependente de terceiros (no caso, do Valência), a equipa comandada por Hein Vanhaezebrouck terá de vencer o já apurado Zenit S. Petersburgo, que terá como objectivo fazer o pleno de vitórias no Grupo H e igualar um feito que, no actual formato da prova, só o Real Madrid alcancou (em  2011-12 e 2014-15).

Ao Valência é que não resta alternativa senão a vitória, frente a um Lyon que tem estado muito abaixo das expectativa. Depois da saída de Nuno Espírito Santo, os espanhóis precisam de ganhar e esperar que o Gent não consiga os três pontos. 

Roma, Bayer... ou BATE?
No Grupo E, a única vaga que não está disponível é o primeiro lugar, nas mãos do Barcelona, já que o segundo posto continua na mira dos três restantes candidatos. 

A Roma (cinco pontos) parte com ligeira vantagem, não só porque ocupa actualmente a segunda posição, mas também porque recebe o BATE Borisov (quatro), o último do grupo, e supera no confronto directo o Bayer Leverkusen (também com cinco pontos). Os alemães jogam igualmente na condição de anfitriões, mas frente aos catalães.

Sugerir correcção
Comentar