Slimani-Gutiérrez e Jonas-Mitroglou valem quase metade dos golos de Sporting e Benfica

O brasileiro é responsável por 29% dos golos da equipa, enquanto o argelino contabiliza 23%. Os dois rivais lisboetas marcam mais na fase final dos encontros.

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Slimani festeja o golo apontado ao Arouca em cima do final da partida que valeu o triunfo ao Sporting FRANCISCO LEONG/AFP (arquivo)

Entre a disputa da Supertaça no Estádio do Algarve, que abriu as temporadas oficiais do Sporting e Benfica, a 9 de Agosto último, e o confronto para a Taça de Portugal deste sábado, no Estádio de Alvalade, passaram 104 dias. Quase três meses e meio em que muito mudou nas duas equipas. Ao nível atacante, os dois rivais somaram, em conjunto, 65 golos entre todas as competições, com vantagem para os “leões”, com 34, mas mais três encontros disputados (18 contra 15). E entre os goleadores, Jonas com nove (29% dos golos “encarnados”), e Slimani, com oito (23%), são as grandes figuras desta primeira fase da época.

O brasileiro da Luz, segundo melhor marcador da temporada de 2014-15, continua com a pontaria afinada, assim como o argelino de Alvalade, peça fundamental do modelo ofensivo de Jorge Jesus no Sporting. Uma estratégia que passa também pelo colombiano Teo Gutiérrez, habitual companheiro de Slimani no ataque, que soma já seis golos. Os dois representam 41% de todos os golos “leoninos” até ao momento. Exactamente a mesma percentagem que apresentam Jonas e Kostas Mitroglou no Benfica.

Com quatro golos, o ponta-de-lança grego tem sido o companheiro mais eficaz de Jonas no centro do ataque, superando neste capítulo o mexicano Raúl Jiménez, seu grande concorrente pela posição, que festejou apenas um golo desde que chegou a Portugal. Mas os 31 golos apontados pelos “encarnados” nesta fase, ao ritmo de dois por encontro, têm outros protagonistas de peso, como o argentino Nico Gaitán e o português Gonçalo Guedes, que somam também quatro cada um. Este letal quarteto ofensivo, previsivelmente titular no jogo de amanhã, é responsável por 67% dos golos do conjunto de Rui Vitória.

Já no Sporting, o terceiro melhor marcador da equipa não integra o “onze” preferencial de Jorge Jesus. Trata-se do jovem Matheus Pereira que, em apenas duas partidas disputadas (frente ao Vilafranquense, para a Taça de Portugal, e Skenderbeu, em Alvalade, para a Liga Europa), marcou por quatro ocasiões. Mais provável serão as titularidades de Adrien Silva e Bryan Ruiz, que figuram também na lista dos melhores marcadores “leoninos”, com três e dois golos, respectivamente. Os seus contributos somados aos de Slimani e Gutiérrez representam 54% de todos os golos apontados pela equipa da casa, que tem uma média de 1,9 por encontro.

Se Jonas tem estado afinado com as redes dos adversários do Benfica, o seu companheiro Gaitán é o rei das assistências para golo. No total, o argentino soma oito, a que juntam os já referidos quatro golos da sua própria autoria. Ou seja, foi determinante para doze dos golos “encarnados” desta época (38%), o que o torna um dos elementos mais valiosos do plantel, a par do avançado brasileiro, justificando plenamente o estatuto de grande estrela da equipa.

Numa análise mais apurada aos golos assinados por Sporting e Benfica, verifica-se que os dois conjuntos têm uma particular aptidão para marcar no último quarto-de-hora das respectivas partidas. Cada um apontou oito golos na derradeira fase dos encontros, altura em que garantiram em várias ocasiões os triunfos. No caso dos “leões”, foi assim com CSKA, na partida da primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões (2-1, com Slimani a marcar aos 82’), mas também no triunfo, por 1-0, com o Nacional para o campeonato (Fredy Montero, aos 86’). E ainda mais dramáticas foram as vitórias frente ao Tondela e o Arouca fora de casa. No primeiro Adrien Silva cobrou um penálti vitorioso aos oito minutos dos descontos (1-2) e no segundo foi Slimani a salvar em cima dos 90’ (0-1).

Também o Benfica apontou golos fundamentais nesta fase decisiva, como no complicado triunfo sobre o Vianense para a Taça de Portugal, por 2-1 (Jardel, 90’), ou quando bateu o Moreirense no Estádio da Luz (3-2) com um golo de Jonas, aos 86’. 

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